A Ford F-1000 foi uma linha de caminhonetes produzida pela Ford Brasil por quase duas décadas, entre 1979 e 1998. Durante esse período, a F-1000 tornou-se uma referência no mercado de caminhonetes, conhecida por sua robustez, confiabilidade e capacidade de carga. Com sua suspensão dianteira independente e motor diesel de alto desempenho, a F-1000 era uma escolha popular entre proprietários de fazendas, trabalhadores rurais e empreiteiros da construção civil. Até hoje, a F-1000 é lembrada como um dos modelos mais emblemáticos da indústria automobilística brasileira.
A raríssima pickup que ilustra esta reportagem pertence a Reginaldo de Campinas, um lendário caçador de raridades automotivas. Ano 1998 com apenas 12 mil quilômetros rodados, ela é uma verdadeira relíquia, com o selo de qualidade do principal caçador de relíquias do Brasil.
Reginaldo é conhecido por sua expertise em descobrir carros antigos e raros, os seus feitos no ramo de relíquias são os mais impressionantes do país. A pickup em questão é uma raridade absoluta e um exemplo do tipo de veículo que Reginaldo tem uma habilidade especial para encontrar. Com sua história única e impecável estado de conservação, essa pickup é uma verdadeira joia do mundo automotivo e uma prova do compromisso de Reginaldo em preservar a história dos veículos brasileiros.
Para a sorte dos colecionadores, a pickup está disponível para venda nas páginas de Reginaldo de Campinas nas redes sociais e em seu site oficial. O preço da raridade é de 198 mil reais, o que reflete o valor de mercado de um veículo tão raro e bem preservado.
A produção da caminhonete F-1000 com motor 3.9 diesel MWM e 86.4 cv começou em 1979, sendo uma evolução da Ford F-100. Embora utilizasse o mesmo chassi e a mesma carroceria que a F-100, a F-1000 apresentava algumas modificações, como uma capacidade de carga ampliada para 1.000 kg e freios dianteiros a disco servo-assistidos de série.
O painel de instrumentos também era diferente, adotando mostradores redondos em vez do velocímetro horizontal que permaneceria na irmã menor até 1983. A base mecânica da F-1000 era idêntica à do Ford F-4000, que já estava em uso há dois anos. Isso sugeria que a F-1000 tinha uma estrutura superdimensionada para uma picape de uma tonelada de capacidade de carga.
Em 1990, a F-1000 recebeu algumas melhorias, incluindo o travamento do capô com abertura interna. No ano seguinte, a caminhonete recebeu um motor turbodiesel com turbocompressor, que gerava impressionantes 119 cv. A linha 1991 também apresentou novidades como vidros, travas e espelhos elétricos, além de rodas de liga leve de 16 polegadas. O tanque de combustível passou a ser de plástico polietileno e o câmbio de 5 marchas tornou-se item de série em toda a linha.
Em 1992, a F-1000 passou por uma reestilização e recebeu um motor turbodiesel um pouco mais potente, com 122,4 cv. A tração 4×4 e a cabine estendida (Supercab), com um banco traseiro para três pessoas, foram adicionadas em 1994. No ano seguinte, a caminhonete foi equipada com um motor 4.9i de seis cilindros em linha com injeção eletrônica, que gerava 148 cv.
Em 1996, a F-1000 passou por uma remodelação, com linhas mais suaves e arredondadas, uma grade mais ampla e faróis com as luzes de direção embaixo. Os modelos XL e XLT foram equipados com o motor 2.5 HSD da Maxion, turbinado e intercoolado.
Em 1998, foi lançada a série especial Lightning, equipada com um motor de 4.9 litros a gasolina, exatamente igual a essa da reportagem. Nesse mesmo ano, a F-1000 recebeu o motor diesel mais forte já equipado na linha, o motor MWM X10 4.3 com 133 cv. No entanto, a produção da caminhonete foi encerrada no mesmo ano, dando lugar à F-250, uma caminhonete de porte maior que começou a ser produzida em 1999.