Se em 2019 você está disposto a deixar o transporte público para trás e comprar seu primeiro carro, separamos uma lista de 14 possíveis candidatos para ganhar a sua garagem. Como em todo primeiro carro, o orçamento é a parte mais delicada e, por isso, os modelos na lista não passam de R$ 10 mil. pesar de alguns já terem a idade do jovem que irá adquiri-lo, ainda possuem farta oferta de peças no mercado e mecânica simples. Afinal, não basta comprar, é preciso manter o veículo também.
Chevrolet Corsa
A segunda geração do Opel Corsa europeu chegou ao Brasil em 1994 pela Chevrolet e inaugurou uma era de veículos arredondados. Apesar de já estar lá com seus 20 anos, o design ainda é simpático e o carro ainda é vista fácil nas ruas e nos anúncios de carros usados. Por até R$ 10 mil, é possível encontrar diversas variantes do modelo. Há carrocerias de duas ou quatro portas e motorizações 1.0, 1.4 e 1.6.
Chevrolet Celta
Descendente direto do Corsa, o Chevrolet Celta compartilha alguns componentes mecânicos com seu antecessor. Por enquanto, a faixa de até R$ 10 mil compreende em grande parte apenas os modelos mais antigos, entre 2000 e 2004, com motor 1.0. Mas o modelo já está com quase 15 anos de fabricação e deve deixar de ser produzido num futuro próximo, o que pode deixar os modelos mais recentes um pouco mais em conta.
Fiat Uno. O antigo, claro
Houve uma época em que o Fiat Uno não era um “quadrado arredondado”. Era só quadrado mesmo. Com a produção encerrada em 2013, o Fiat Uno pode ser adquirido com até R$ 10 mil, só não espere um semi-novo nessa faixa. Os carros entre 1994 e 2004 se encaixam melhor em tal perfil e é possível encontrá-los com motorizações 1.5 e 1.6 por esse valor, além do econômico, mas frugal, Mille 1.0. Dê preferência para os modelos já com injeção eletrônica, pois os carburados vão exigir uma manutenção maior.
Fiat Palio
Em 1996, o Fiat Palio nasceu para substituir o Uno, mas não conseguiu. Apesar disso, conquistou espaço próprio e vendeu bem, garantindo a oferta do carro no mercado. Até o teto de R$ 10 mil, é possível encontrar modelos entre 1996 e 2000 e, nessa época, sua mecânica era compartilhada com o Uno, facilitando encontrar peças de reposição para o motor. Também ajuda o fato de a carroceria dessa primeira geração continuar em linha até hoje no atual Palio Fire.
Ford Ka
Lançado em 1997, o Ford Ka tem diversas opções até R$ 10 mil para modelos fabricados até 2002, mas a oferta se limita a carros 1.0. Fuja dos equipados com o bloco Endura-E (1997 a 1999), que é econômico, mas fraco. Dê preferência aos que já possuem motor Zetec RoCam, um propulsor de melhor desempenho que foi fabricado até 2014. Pequeno e leve, o modelo diverte ao volante, mas aperta quem vai atrás.
Ford Fiesta
A primeira geração do Ka pode ser divertida, mas o pequeno porta-malas e a capacidade para apenas quatro passageiros pode afastar alguns compradores. Na mesma faixa de preço, pode-se comprar um Fiesta, que compartilha diversos componentes mecânicos com o Ka e tem mais espaço. Só não caia na tentação de correr atrás de um anterior a 1997, pois em tal geração o modelo era importado e fica mais difícil encontrar peças. Assim como no Ka, a melhor motorização é o Zetec RoCam, que saiu nos carros com ano/modelo 2000.
Peugeot 206
Se até agora só apareceram veículos de entrada, com poucos luxos, a ala francesa pede passagem. Com os mesmos R$ 10 mil é possível encontrar o Peugeot 206 não apenas em sua básica forma 1.0 16V, como também as versões Rally com motor 1.6 16V e itens de conforto como ar-condicionado e direção hidráulica. Nesse valor, o 206 será encontrado nos modelos entre 2000 e 2004, mas fique atento à mecânica e à suspensão, pois a primeira geração dos franceses fabricados no Brasil levou um tempo até se acostumar com as condições de nossas ruas e combustíveis.
Renault Clio
O mesmo cuidado vale para o Renault Clio, modelo que no final dos anos 1990 se gabava por ter airbags de série em algumas versões numa época em que a maioria do mercado ainda nem sabia direito o que era tal equipamento. É possível encontrar modelos até 2003 sendo sempre equipados com motor 1.0 16V na faixa dos R$ 10 mil. O bloco, com algumas alterações, permanece em linha no atual modelo. Dê preferência aos modelos a partir de 1998, cuja carroceria permanece em linha no atual Clio, que passou por melhorias estéticas ao longo dos anos.
Volkswagen Gol
O Volkswagen Gol perdeu a liderança apenas em 2014. Da época em que ele detinha soberanamente o posto de mais vendido há várias opções, principalmente da primeira (1980 a 1994) e da segunda geração (1995 a 2001). Se você quer apenas um transporte com menos dor de cabeça, invista nos últimos, já com injeção eletrônica. Os de primeira geração são quase sempre carburados, com exceção ao esportivo – e caro – GTI e ao raríssimo Gol 1000i fabricado entre 1995 e 1996. Por até R$ 10 mil não é necessário nem ficar limitado aos motores 1.0, sendo facilmente encontradas configurações 1.6 e até mesmo 1.8.
Volkswagen Fusca
Se além de um transporte acessível você quer também um carro para aprender a gostar de carro, o bom e velho Fusca continua sendo a melhor opção. Apesar de completamente anacrônico nos dias atuais, bem cuidado é um carro que pode ser usado todos os dias sem problemas. O modelo foi fabricado por aqui entre 1959 e 1986 e, posteriormente, entre 1993 e 1996.
Mecânica simples e fartura de peças de reposição o tornam a escolha certa para um aspirante a antigomobilista. Enquanto os modelos até 1970 estão sobrevalorizados e se tornando itens de coleção, os fabricados entre 1973 e 1986 ainda estão acessíveis. E nem é necessário gastar todos os R$ 10 mil. Os últimos – 1979 a 1986 – são os mais em conta. Nesse caso específico, o ano de fabricação e a motorização (1300, 1500 ou 1600) é o que menos importa, sendo bem mais relevante o estado de conservação do que a quilometragem.
Chevrolet Monza
O Chevrolet Monza, fabricado pela GM (General Motors do Brasil) entre os anos 1982 e 1996. Era derivado do Opel Ascona alemão. Eleito pela Revista Autoesporte o Carro do Ano de 1983, 1987 e 1988. Durante três anos consecutivos (1984, 1985 e 1986) foi o carro mais vendido no país. Custando entre R$ 5 e 9 mil, é um exemplo de desempenho e conforto, vale cada centavo aplicado.
Chevrolet Kadett
Fabricado pela Chevrolet entre 1989 e 1998. Também vendido com a marca Opel, o primeiro Kadett foi lançado na Alemanha em 1936, e a versão E do Kadett chegou ao Brasil em 1989 baseado no modelo alemão de 1984. No total, 459.068 veículos Kadett foram produzidos no Brasil até a sua substituição pelo Astra em 1999.
Foi eleito pela Revista Autoesporte o Carro do Ano de 1991. Acredite, é possível comprar um em bom estado por menos de R$ 10 mil reais.
Volkswagen Santana 1.6 MSI e 1.4 TSI
O Santana foi produzido pela Volkswagen em diversos países, derivado do Volkswagen Passat alemão. Foi produzido na Alemanha, Espanha, África do Sul, Japão (sob a marca Nissan), Brasil, Nigéria, México, China e Argentina. Atualmente é produzido apenas na China, pela Shangai Volkswagen. Foi eleito pela Revista Autoesporte o Carro do Ano de 1989. Recebeu o título Eleito do Ano em 1991 pela revista Quatro Rodas.
No Brasil o Santana Teve como principal concorrente o Chevrolet Monza, derivado do Opel Ascona alemão. Este teve maior sucesso no mercado brasileiro, não necessariamente por ser um produto melhor, mas sim por se apoiar na já tradicional imagem de veículos de luxo da General Motors, inaugurada pelo excelente, mas já muito antiquado Chevrolet Opala lançado em 1968 e que ainda se mantinha firme no mercado.
O Santana, por sua, vez escorava-se no sucesso do Passat, que teve a missão de apresentar ao público brasileiro todos os atributos da mecânica Audi/VW refrigerada a água. Assim como na Alemanha, o Santana surgia como uma evolução natural do Passat: mantinha os atributos básicos (qualidade, durabilidade, confiabilidade), entretanto, o padrão de acabamento e o nível de equipamentos do Santana, não o faziam compatível com seus concorrentes da GM.
O Santana e o Monza foram grandes adversários na década de 80. Foi lançado em 1984 nas versões CS, CG e CD, em ordem crescente de acabamento. Completo, vinha equipado com rádio toca-fitas, rodas de liga-leve, bancos especiais, vidros e travas elétricas, direção hidráulica progressiva, ar-condicionado, câmbio automático (estes três últimos itens opcionais na versão topo de linha CD) e acabamento exclusivo de boa qualidade.
Pequenas, porém significativas alterações mecânicas surgiram desde o lançamento até 1987, como alterações no câmbio (mais curto, para melhorar o desempenho) e a adoção dos motores AP contribuíram para o pequeno aumento nas vendas. 1987 também foi ano em que ocorreram as primeiras alterações de estilo na linha: os para-choques passaram a ser integrais, idênticos aos utilizados pela linha alemã do Passat desde 1985. Novas nomenclaturas foram utilizadas para diferenciar as versões CL, GL e GLS, sendo que a primeira era um truque da Volkswagen para pagar menos impostos e utilizada ao vender unidades do modelo CL sem opcionais, que era equivalente ao antigo CS. O GL era equivalente ao antigo CG e tinha uma imagem ligeiramente mais esportiva que os demais. Nos primeiros anos foi vendido somente com motorização a álcool. A versão de 4 portas foi fabricada somente em 1987 e seu acabamento mais simples quando comparado ao GLS, porém com o mesmo nível de equipamentos, diferenciava-o da versão top-de-linha. Nos dias atuais é possível encontrar um Santana em perfeito estado por menos de R$ 10 mil reais.
Chevrolet Omega
O Chevrolet Omega é um automóvel que foi fabricado pela General Motors no Brasil (com a marca Chevrolet), na Europa (com a marca Opel) e na Austrália (com a marca Holden).
Inicialmente, o Omega foi lançado em 1986 pela Opel, uma subsidiária da General Motors na Alemanha, tendo sido produzido na fábrica de Rüsselsheim até o ano de 2003 e exportado para vários países, inclusive sob as marcas Vauxhall Carlton e Cadillac Catera.
Uma versão esportiva do modelo também foi produzida em série limitada sob a marca Lotus, que na época também pertencia ao grupo GM, durante o segundo semestre de 1990, para o mercado europeu.
Outras versões dos modelos australianos do Holden Commodore também foram comercializadas internacionalmente sob diversos nomes como Chevrolet Lumina, Chevrolet Caprice, Chevrolet SS, Pontiac GTO, Pontiac G8 e Vauxhall VXR8.
Em 1992 foi apresentado ao mercado brasileiro pela Chevrolet, produzido pela montadora na cidade de São Caetano do Sul, no estado de São Paulo.
Seu lançamento introduziu tecnologias inexistentes nos demais carros nacionais daquela época. Dentre suas qualidades, destacava-se o bom desenho aerodinâmico, a performance, a segurança, o conforto e a qualidade empregada no acabamento. Tais qualidades o levaram a conquistar o prêmio Carro do Ano pela revista Autoesporte em 1993, Prêmio O Eleito do Ano, revista Quatro Rodas de 1993[1], o Good Design Award no Japão, em 1986, 1987, 1988 e 1989, pela sociedade Car of the Year em 1987, pela revista australiana Wheels Magazine em 1997 , o Golden Snowflake de Design Avançado na França em 1987, e várias outras premiações na imprensa.
A Chevrolet tinha como meta atingir o mercado do Opala, um carro desenvolvido a partir da carroceria do Opel Rekord C de 1966 e que encontrava-se em produção desde 1968, após uma série de adaptações.
A primeira geração, Omega A, foi produzida na Alemanha até 1994, e no Brasil até 1998. A versão introduzida no Brasil em 1992 era a que estava para ser aposentada na Alemanha, dando ao Omega alguns anos de sobrevida. Essa estratégia de introduzir modelos decadentes no primeiro mundo em países emergentes continua sendo utilizada pelas montadoras até os dias atuais.
A segunda geração, Omega B, foi lançada na Alemanha em 1994 e não chegou a ser vendida oficialmente no Brasil, embora algumas unidades tenham sido importadas por empresas independentes. Em 1999 passou por um face-lift para o mercado Europeu, prorrogando suas vendas até 2003, quando foi dada por encerrada a sua produção.
A segunda geração introduzida oficialmente no mercado brasileiro em 1998, era produzida pela Holden, uma subsidiária da General Motors, com fábrica localizada na cidade de Elizabeth, na Austrália.
O modelo vendido no Brasil era referente ao Holden Commodore VT australiano, o qual compartilhava da mesma plataforma do Omega B alemão. Manteve-se com vários aprimoramentos até o ano de 2007, correspondentes aos modelos VX, VY e VZ do Commodore australiano.
Em 2007, houve uma reestruturação geral do modelo, utilizando a plataforma GM Zeta, um chassi inteiramente novo. Este modelo foi produzido na Austrália como Holden Commodore VE até o ano de 2013, mas comercializado no Brasil com a marca Chevrolet somente até o ano de 2012. Um Omega por R$ 10 mil vale cada centavo pago.