As 25 versões mais raras e menos conhecidas de carros nacionais

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Ao longo das últimas décadas dezenas de carros espetaculares fizeram história no país. Para selecionar os carros nacionais mais raros que já existiram, levamos em consideração uma série de fatores como o volume de produção, a “sobrevivência” da versão ao longo dos anos e, claro, o número de votos dos leitores. Desta vez não incluímos as modificações e versões de concessionárias, nem cores e equipamentos específicos — como os Chevrolet “Rosa Pantera”, ou o Fiat Uno Turbo Amarelo Modena, ou ainda o Chevette quatro-portas com câmbio automático. Apenas  as versões oficiais de fábrica entraram na apuração final. Confira agora a primeira parte da lista:

Chevette País Tropical

Lançada em 1976 ela foi a primeira série especial do Chevette. Não era abençoado por deus, mas até era bonito por natureza: oferecido em duas cores — marrom e bege — ele tinha um certo apelo esportivo, porém com visual mais discreto que o do GP. As  rodas eram mais largas, com 6,5 polegadas de tala, e janelas de ventilação circulares como as do GP, que também cedeu os retrovisores com formato cônico. Por fora ele ainda tinha uma faixa dupla fina na altura do vinco inferior da lateral, onde o GP tinha sua larga faixa preta.

Por dentro, ele vinha equipado de série com um toca-fitas FM estéreo da Sharp, um requinte comparável ao sistema MyLink oferecido no Onix atualmente. Não se sabe exatamente quantas unidades foram produzidas ou vendidas, muito menos quantas sobreviveram a esses quase 40 anos sem modificações — o que torna ainda mais difícil a identificação de um desses modelos. Assim, ele se tornou tão raro que nem mesmo uma foto recente dele conseguimos encontrar para ilustrar este post.

Corsa e Celta Piquet

Apesar do nome de piloto da F1 e das rodas do Corsa GSi, o Corsa Piquet era basicamente um modelo Wind/Super com motor 1.0, pintura especial na cor amarela e um emblema estilizado com a tradicional gota do capacete de Piquet. Foram produzidas apenas 120 unidades para a frota da Arisco, que era patrocinadora do piloto brasileiro na época.

Mais tarde, em 2003 a Chevrolet voltou a criar uma edição especial com o nome do piloto, mas desta vez usou o Celta 1.0 equipado com saias laterais e dianteira, rodas de liga leve de 13 polegadas e a mesma pintura amarela e o logotipo Piquet. O Celta é ainda mais raro: foram apenas 30 unidades feitas para um sorteio da marca de palha de aço Assolan.

Stilo Blackmotion 2.4

O Stilo Blackmotion é um dos grandes mistérios dos gearheads e fãs brasileiros da Fiat. Isso por que recentemente começaram a aparecer em sites de classificados modelos do Stilo Blackmotion, que foi uma versão regular na virada desta década, com o motor 2.4 Fivetech em vez do 1.8 de origem GM.

Algumas pessoas imaginaram que fossem apenas emblemas do Marea colados na lateral do carro, outros assumiram que eram modelos especiais para executivos da Fiat. Nenhuma das duas está certa. A história é que a Fiat planejava lançar a versão Blackmotion com o mesmo motor 2.4 do Abarth, ele chegou até mesmo a ser homologado — é por isso que ao consultar a documentação do Blackmotion 2.4 você encontrará o nome da versão e o motor de 2,4 litros —, mas acabou decidindo lançar a versão com o motor 1.8 por motivos nunca esclarecidos oficialmente.

Esses poucos carros com motor 2.4 — entre 5 e 7 unidades, não há informação oficial — foram feitos para a frota de imprensa, aquela que a fábrica cede aos jornalistas para as primeiras impressões no lançamento e posteriormente para avaliações completas. Como o carro nunca foi lançado, eles acabaram usados como frota interna e mais tarde vendidos aos funcionários da fábrica, e hoje podem ser encontrados à venda, se você tiver sorte.

Oggi CSS e Pierre Balmain

Um Fiat Oggi já é raro de se encontrar hoje em dia. Imagine então se estivermos falando de duas versões limitadas produzidas em volume baixíssimo. É exatamente o caso destas duas versões do pequeno sedã ítalo-mineiro.

A primeira delas, a CSS, é a mais conhecida pelos gearheads e pela turma da ferrugem. Trata-se de uma versão esportiva criada para homologar o Oggi para o Campeonato Brasileiro de Marcas e Pilotos de 1985, que exigia um mínimo de 300 unidades produzidas.

Assim a Fiat criou a versão Comfort Super Sport, vestida apenas na cor preta com faixas vermelhas, rodas de liga leve, piscas dianteiros transparentes, um spoiler na tampa do porta-malas e outro acima do vidro traseiro.

O motor tinha cilindrada aumentada para 1.490 cm³ (originalmente era 1.415 cm³) e cabeçote retrabalhado para produzir 78 cv. O câmbio era mais curto e de cinco marchas, e ligado a semi-eixos com juntas homocinéticas reforçadas. A suspensão tinha barra estabilizadora mais grossa, bandejas novas na traseira e cambagem negativa nas quatro rodas. Por dentro ele tinha veludo nos bancos e nas portas com costuras e filetes vermelhos, assim como os cintos de segurança. A Fiat fez apenas o mínimo para homologá-lo, mas ao longo dos anos eles se perderam ou foram descaracterizados, mas ainda é possível encontrá-los com muita sorte.

O Oggi que é praticamente impossível de ser encontrado é a série especial Pierre Balmain, que teve apenas 50 unidades produzidas. O modelo foi direcionado ao público feminino — provavelmente o primeiro a fazer isso no Brasil — e era uma associação à marca do estilista francês Pierre Balmain.

Ele era baseado na versão CS, mas tinha itens exclusivos de acabamento interno, como o acabamento monocromático, bancos e portas com forração de veludo e painel, para-choques e volante na cor marrom chocolate. O Oggi Pierre Balmain usava o logotipo PB da grife nas laterais e no painel, e vinha com duas malas estilizadas pelo francês. Foi vendido somente sob encomenda entre janeiro e março de 1984, somente na cor bege áureo. Foto: condeterranova.blogspot

TL Personalizado

O TL Personalizado era um carro esquecido até bem pouco tempo atrás. Quando ele voltou a aparecer muita gente duvidou de sua originalidade, mas os clubes de antigos e especialistas em Volkswagen já sabiam do que se tratava: um TL com opcionais oferecidos no catálogo de 1973 da Volkswagen. Os opcionais em questão eram estas faixas pretas por todos os lados do carro e o volante esportivo de três raios como os do Fusca 1600S (o “bizorrão”).

Embora seja chamado de TL Sport, não há registro oficial da marca a respeito deste nome. O catálogo da Volkswagen o trata apenas como “personalizado”. Por ser uma versão baseada em um pacote opcional, também não se sabe exatamente quantos foram produzidos. Foto: Neotti/TLSport.com

Fusca com teto solar

No final de 1960 a Volkswagen lançou no Brasil uma versão do Fusca equipada com teto-solar metálico, acionado por manivela. O modelo tinha tudo para ser um sucesso se não fosse o apelido maldoso que lhe deram: cornowagen. Dizem que o apelido foi invenção de um executivo da Ford — que curiosamente seria a responsável pela volta do teto solar nos carros nacionais produzidos em série com o Del Rey em 1983 e com o Escort em 1984. Com o apelido, o carro teria virado um verdadeiro mico e rejeitado pelos proprietários inseguros sobre si mesmo.

Com o tempo, muitos destes Fusca acabaram tendo o teto solar fechado com solda de chapas e substituição da forração do teto. A Volkswagen não tem um número exato de carros produzidos entre seu lançamento, no fim de 1965  e o fim de sua produção em 1966. Os poucos originais que restaram são raríssimos e bastante valiosos.

Fusca 1300 GL

O Fusca 1300 GL foi uma tentativa da Volkswagen de fazer uma versão mais luxuosa do besouro. Ele foi lançado em novembro de 1981 e saiu de linha menos de um ano depois.

Os tais equipamentos mais luxosos do Fusca GL eram desembaçador do vidro traseiro, acendedor de cigarros, relógio, ar quente, bancos com encosto de cabeça, vidros traseiros basculantes, revestimento acarpetado, tampa do tanque de combustível com chave e acabamento de borracha nos para-choques. Por ser uma versão mais cara e produzida por pouquíssimo tempo, estima-se que existam entre 60 e 200 1300 GL.

Fusca Pé-de-Boi

Em 1965 o governo criou uma linha especial de crédito para carros zero-quilômetro que tinha como principal requisito um preço baixíssimo. Para aproveitar o filão de consumidores, os fabricantes criaram versões super-despojadas de seus modelos, e a aposta da Volkswagen foi um exercício de depenação máxima de um carro, que acabou dando origem ao termo “pé-de-boi”.

Para baratear o custo de produção, o Fusca pé-de-boi tinha somente o essencial para colocar o carro em movimento dentro da lei. Não tinha frisos, nem piscas dianteiros, nem emblemas, nem tampa do porta luvas, nem instrumento medidor de combustível — que era substituído por uma escala de madeira. Os bancos não tinham regulagem do encosto, as portas não tinham descanso de braço, o acelerador não tinha capa de borracha e também não havia para-sol nem iluminação interna. Todos os cromados foram substituídos por tinta branca e os para-choques perderam o chamado “poleiro”, aqueles arcos elevados dos Fusca dos anos 1960.

Sendo um carro ridiculamente pelado ele não fez muito sucesso e saiu de linha em 1966, com apenas um ano de produção. Os proprietários do modelo aos poucos o equipavam com as peças que “faltavam”, por isso ao longo dos anos eles acabaram descaracterizados — ou caracterizados como modelos mais completos, se preferir — de forma que, novamente, é difícil encontrar um destes original ou até mesmo identificar um  Pé-de-Boi sem uma inspeção minuciosa. Ironicamente, hoje eles são um dos modelos mais valiosos entre os Fusca.

Além da Volkswagen, DKW, Willys e Simca também embarcaram na onda dos populares e fizeram cada uma as suas versões espartanas: o Pracinha, o Teimoso e o Profissional, respectivamente. Todos eles são extremamente raros pelos mesmos motivos que o Fusca, mas também por terem sido menos populares que o Volkswagen. Foto: Blog do Flavio Gomes

Esplanada GTX

No fim dos anos 1960 a Chrysler comprou a Simca e passou a controlar a marca também no Brasil. Um dos poucos carros fabricados por aqui como Chrysler foi o Esplanada GTX. Ele foi idealizado como uma evolução esportiva do Simca Chambord e foi lançado em 1968 como modelo mais caro da linha Chrysler no Brasil.

Como o nome sugere, o Esplanada GTXe era um esportivo, porém à moda antiga brasileira: o motor era um V8, mas os 2,4 litros deslocados produziam apenas 130 cv que o levavam a pouco mais de 165 km/h depois de chegar aos 100 km/h em 15,4 segundos. As faixas pretas na carroceria, as rodas cromadas e os bancos individuais anatômicos garantiam o visual esportivo.

Acontece que em 1969 a Chrysler estabeleceu a Dodge no Brasil e começou a vender os modelos baseados em sua plataforma B americana. Com a chegada dos novos modelos, o Esplanada GTX saiu de linha naquele mesmo ano depois de uma curta produção de aproximadamente 670 unidades.

Corcel II Van

Embora pareça uma Belina, esta perua sem janelas traseiras é, na verdade, o desconhecido e esquecido Corcel II Van. No começo dos anos 1980 a Pampa ainda não havia sido inventada, mas a Ford precisava de algo para combater o Fiat 147 Pick-Up/City e o Fiorino, então eles decidiram transformar a Belina em uma van.

Mas para não vincular o nome de sua perua familiar a um carro de trabalho, eles decidiram que o nome daquela Belina furgão seria Corcel II Van. Logicamente quem adorou foram os hospitais e prefeituras e gerentes de frota. A maioria desses carros teve dois fins: sucata depois de trabalhar pesado, ou a conversão em Belina, com janelas laterais da perua e um banco traseiro.

Willys Itamaraty Executivo

Quando a Ford lançou o Galaxie no Brasil o presidente da Willys, William Max Pearce, decidiu criar uma versão limusine do Itamaraty para ofuscar o lançamento do sedã da Ford. Eles eram baseados no Willys Itamaraty — o modelo mais luxoso da marca — que tinha seu entre-eixos alongado para 3,54 m (o comprimento de um Ford Ka de prmeira geração) e era feito artesanalmente três versões: Presidencial, Especial e Standard.

O primeiro, como sugere seu nome, foi cedido à presidência da república e tinha equipamentos especiais como transmissor de rádio, hastes para bandeira, televisão, velocímetro na cabine de passageiros e brasões da república nas colunas. A versão Especial tinha bancos traseiros individuais e um console central com barbeador e gravador. Todos os modelos eram equipados com motor seis-em-linha de três litros e 134 cv, toca-fitas, ar-condicionado e apoio para os pés e custavam uma pequena fortuna. Em 1969 a Ford comprou a Willys Overland do Brasil e ordenou que o Executivo fosse tirado de linha. Em dois anos de produção foram fabricados apenas 27 unidades da limusine, e apenas 21 sobreviveram a essas cinco décadas.

Chevrolet Monza Hi Tech

Em 1993 a Chevrolet lançou uma série especial do Monza recheada com uma série de tecnologias pouco comuns para a época. Seu nome era Monza Hi Tech, e ele justificava esse apelido que hoje soa absurdamente datado com freios a disco nas quatro rodas e ABS, computador de bordo, painel digital e injeção eletrônica no motor 2.0.

Logicamente o preço também era “hi”, assim como seus compradores. Foram feitas apenas 500 unidades do modelo, que é um dos mais raros da linha. Mais até que o 500 EF, ou o Barcelona e o Club, citados pelos leitores.

Ford Escort XR3 75 Special Edition

Em 1994, para comemorar seus 75 anos de operação no Brasil, a Ford criou uma versão especial do Escort XR3 conversível batizada “75 Special Edition”. Mecanicamente era idêntico a todos os outros XR3 de sua geração, mas era diferenciado pela pintura em dois tons — preto na parte superior e champanhe na parte inferior.

Por dentro ele tinha luxos como CD player com equalizador digital e módulo amplificador, bancos Recaro, retrovisores e capota elétrica e regulagem e altura do banco do motorista e o volante. Foram feitas apenas 175 unidades, uma para cada concessionária da Ford na época. Fotos: Reginaldo De Campinas

Chevrolet Diplomata Collector

Depois de uma história de 24 anos no Brasil, o Opala se despediu do mercado nacional com uma série especial de apenas 100 unidades batizada “Collector”. Ele era um Diplomata SE com alguns detalhes especiais e acompanhado de alguns mimos aos 100 colecionadores que arremataram os carros da série especial.

Esses mimos eram uma pasta de couro legítimo com uma carta de apresentação do modelo, uma fita de vídeo e uma revista com a história do Opala, e um relógio e uma caneta com a inscrição “Collector” em dourado. O carro recebia os logotipos “Diplomata SE” na lateral em dourado e o emblema “Collector” em dourado no volante. Todos eles vinham equipados com o motor 4.1 e câmbio automático, e podiam ser comprados nas cores preto, azul e vermelho.

Ford Escort XR3 Fórmula

O XR3 Fórmula foi uma série especial limitada do esportivo da Ford que vinha equipado com controle eletrônico de amortecedores — que passaram a ser oferecidos como pacote opcional em todos os XR3 em 1992.

Esteticamente ele se diferenciava dos demais XR3 por duas faixas laterais em vermelho e laranja e pelas rodas de liga leve com acabamento usinado, sem pintura sobre o alumínio. Ele podia ser comprado em apenas duas cores: Vermelho Munique e Azul Denver, ambos limitados a 377 unidades cada, que totalizam 754 XR3 Fórmula produzidos.

Considerando que boa parte deles teve os amortecedores originais substituídos por peças convencionais e os adesivos removidos/perdidos, esta é uma das versões mais raras da Ford em suas especificações originais.

Fiat Brava HGT 2.4

Assim como seu sucessor o Fiat Brava também ganhou uma versão “secreta” com o motor Fivetech 2.4 de fábrica. A história é nebulosa: a Fiat supostamente fez apenas três exemplares do modelo, sendo que dois foram dados/vendidos a dois jornalistas brasileiros e um terceiro ficou na fábrica como protótipo para uma eventual versão especial comemorativa dos 25 anos da Fiat no Brasil.

Um deles, o que ficou na fábrica, teria sido destruído em um acidente, enquanto os outros dois estariam circulando por aí sem muita bandeira, uma vez que não há nenhuma dica visual de que eles têm um motor de cinco cilindros no lugar do 1.75 italiano.

Volkswagen Karmann Ghia Conversível

O Karmann-Ghia nunca foi um carro muito popular no Brasil — especialmente se você comparar seus números de vendas com os demais Volkswagen. Entre 1962 e 1972 foram vendidos 23.577 exemplares, mas somente 177 eram conversíveis originais de fábrica e isso foi há 42 anos.

A conversão do Karmann-Ghia foi uma modificação relativamente comum antes de ele se tornar um clássico raro e desejado e por isso eles os modelos conversíveis mais comuns encontrados à venda. Há também os modelos importados originais, mas a única forma de identificar um legítimo Karmann-Ghia Conversível nacional original é pela numeração do chassi. E se você decidir procurar um desses, saiba que em 2007 eles já esbarravam nos R$ 100.000 em bom estado de conservação. Foto: Estadão/Jornal do Carro

Renault Clio F1 Team

Em 2005 e 2006 a Renault venceu o mundial de F1 com sua antiga equipe de fábrica (que hoje é a agonizante Lotus Renault) com Fernando Alonso ao volante. Para comemorar os títulos, a fabricante francesa lançou uma versão especial batizada Clio F1 Team com apenas cinco unidades que foram sorteadas entre os clientes da Financeira Renault.

Ele foi baseado no modelo hatch de duas portas com motor 1.6 16v flex e recebeu rodas de liga leve de 15 polegadas, kit Sport com saias laterais e spoiler dianteiro, lanternas traseiras tipo “cristal”, saída de escape em inox e aerofólio traseiro. A versão também pode ser identificada pelos adesivos exclusivos “Clio F1 Team” e soleira exclusiva com a mesma inscrição — que também é bordada nos bancos de couro.

Volkswagen Kombi 6 portas

Em 1961 a Volkswagen produziu uma versão da Kombi exclusiva para o Brasil: a Kombi seis portas. A versão foi criada com foco no transporte de passageiros, algo cada vez mais comum com o crescimento das cidades e o aumento do número de táxis e lotações. Embora facilitasse o embarque de passageiros por ter uma porta individual para cada fileira de bancos e nos dois lados da carroceria, as portas dificultavam o uso da Kombi como veículo de carga.

Mesmo assim, o modelo continuou em produção até o fim dos anos 1970, já com a nova frente, a chamada “Clipper”. Estes últimos modelos são ainda mais raros — tão raros que muita gente nem sabe que eles existiram. Fotos: FuscaClassic.com.br

Ford Belina 4×4

Nos anos 1980 a Ford já não tinha mais um veículo 4×4 para oferecer aos clientes do Jeep Willys/Ford e decidiu trabalhar em uma versão “off-road” da picape Pampa e da perua Belina, com direito a marcha reduzida e roda livre. O problema é que, diferentemente dos modelos AWD consagrados, o sistema 4×4 não tinha diferencial central para compensar a diferença de velocidade dos eixos em curvas e o diferencial traseiro acabava quebrando.

Com a confiança do público abalada pela baixa confiabilidade do sistema — que só deveria ser acionado em linha reta, sobre pisos de baixa aderência e a até 60 km/h — a Ford tirou a Belina 4×4 de linha em 1987, apenas dois anos depois de seu lançamento. Tanto a Pampa quanto a Belina são raras, mas nos dois anos de vendas, a perua não chegou às 600 unidades vendidas. Por isso hoje é relativamente fácil encontrar uma Pampa 4×4, mas não uma Belina 4×4.

Fonte: FlatOut

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