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5 carros que saíram de linha no Brasil, mas ainda existem em outros países

Rede Manchete, Molejo e pochetes. Já faz quase duas décadas que saímos dos anos 90 e continuamos sentindo saudade. A época também foi turbulenta para a indústria automotiva. Com a abertura das importações, tivemos os primeiros confrontos entre Civic e Corolla em solo brasileiro. O presidente Itamar Franco pediu para a Volkswagen voltar a fabricar o Fusca e a Renault começou sua produção oficial de carros no País, com a minivan Scénic.

O início da década passada também marcou o estabelecimento de Peugeot e Citroën, bem como o lançamento do BMW X5 entre os carros maiores. Em clima de nostalgia, listamos cinco modelos emblemáticos que não são mais vendidos no Brasil, mas continuam trilhando seus caminhos longe de casa. Prepare-se para uma viagem saudosista à virada da década de 90 para os anos 2000.

1 – Chevrolet Zafira

Foto reprodução/Entre os carros brasileiros, a Chevrolet Zafira foi a primeira minivan com terceira coluna de bancos

O Brasil ainda não tinha uma minivan familiar capaz de levar sete pessoas. Foi então que a Chevrolet decidiu trazer a Zafira para o Brasil, em 2000. O projeto era inteiramente baseado no modelo de mesmo nome na Europa, porém, vendido pela Opel. Ainda em seu primeiro ano de mercado por aqui, a Zafira ganhou câmbio automático de quatro marchas. Parte da mecânica era compartilhada com os saudosos Astra e Vectra.

Foto reprodução/A Zafira ainda é vendida na Europa como um dos monovolumes mais elegantes do mercado

Longe de casa, a Zafira continua sendo vendida na Europa pela Opel. A minivan europeia está disponível em uma vasta gama de motores. Destacamos os eficientes 1.4 Ecotec, de 140 cv a gasolina, 1.6 Blue Injection diesel, de 134 cv e o 2.0 BlueInjection diesel, de 170 cv. No sistema de transmissão, o câmbio pode ser manual ou automático, sempre de seis marchas.

Depois de tanto tempo, a Zafira continua apresentando aquele charme europeu que a Spin não consegue reproduzir no Brasil. É uma pena que ela seja uma das únicas minivans compactas disponíveis no mercado nos dias de hoje depois que a Nissan Livina saiu de linha.

2 – Ford Escort

Renato Bellote/iG

Se pudéssemos eleger o carro mais legal já feito no Brasil em nossa lista, o Escort ficaria com o topo. Ele foi um dos carros mais emblemáticos do nosso mercado, apostando num design esportivo e jovial que fez a cabeça dos adolescentes nos anos 80 e 90. O garoto propaganda, Ayrton Senna, também ajudava bastante na divulgação. Entre todas as suas versões, destacamos o modelo Laser feito em homenagem aos Jogos Olímpicos de 84, e o esportivo XR3 que contou até com versão conversível.

Foto reprodução/O Ford Escort chinês não traz 1/10 da personalidade marcante do modelo que foi vendido por aqui nos anos 80.
Foto reprodução

Infelizmente, as coisas não melhoraram para o nosso saudoso Escort. Em sua tentativa de se estabelecer na China, a Ford resgatou o nome do ícone para batizar um carro sem muitos atrativos estéticos. Por lá, ele faz o meio-termo entre o compacto Fiesta Sedan e o sedã médio Focus Fastback. Sua mecânica inclui o motor 1.5 Ti-VCT a gasolina, com opções manual de cinco velocidades e automática de seis.

O modelo continua bem distante do Brasil. O Fiesta Sedan está sendo tocado para escanteio, enquanto o Ford Focus perde espaço no segmento de sedãs médios. Ambos sairão de linha nos Estados Unidos, onde a Ford seguirá apenas com picapes, SUVs e o Mustang.

3 – Fiat Tipo

Foto reprodução/O sucesso do Tipo forçou Volkswagen e Renault a trazerem os modernos Golf e Mégane ao Brasil nos anos 90

Os anos 90 também foram ótimos para o segmento de hatches médios que está tão apagado hoje em dia. Em 1993, a Fiat lançou o Tipo com um projeto moderno e ousado. Fez tanto sucesso que Renault e Volkswagen se adiantaram para trazer a dupla Mégane e Golf. Talvez os primeiros donos do Tipo não tenham tanta saudade do modelo, uma vez que sua mecânica era defeituosa.

Foto reprodução/O Fiat Tipo europeu mostra como os carros modernos em geral estão ficando parecidos

Depois dele, a marca apostou em Brava, Stilo e Bravo. Apenas o segundo fez sucesso razoável. O Bravo, por sua vez, marcou o fim das apostas da Fiat entre os hatches médios. Na Europa, o Tipo retornou em 2016 com versões hatch e sedã. Seria o substituto perfeito para Bravo e Linea no Brasil, se a Fiat ainda depositasse esforços na categoria.

Na Argentina, o Tipo vem equipado com motor 1.6 16V, a gasolina, de 110 cv de potência e turbodiesel MultiJet de 120 cv, com opções de câmbio manual ou automático, ambos de seis marchas

4 – Renault Mégane

Foto reprodução/ Importado da Argentina, o Renault Mégane não conseguiu reproduzir no Brasil o mesmo sucesso de outros países

O Mégane era um hatch com cara de cupê, seguindo uma linha semelhante a do Astra que foi lançado no Brasil na mesma época. Ele vinha da Argentina, substituindo o Renault 19 nas concessionárias da marca. Sua mecânica apostava no motor 1.6 8V, de 90 cv, e 2.0 8V, de 115 cv.

Foto reprodução/ O Mégane continua sendo o carro-chefe da Renault no segmento de hatches médios que faz tanto sucesso na Europa

A segunda geração do Mégane foi importada como sedã e perua. O hatch ficou de fora por apostar muito na excentricidade. Anos depois, o Renault Mégane R.S. não só foi cogitado pela marca, como também foi apresentado à imprensa especializada em meados de 2014. O dólar subiu e os franceses desistiram de trazê-lo. Ele foi recordista na pista de Nürburgring Nordschleife em 2011, na categoria de carros de tração dianteira.

Na Europa, o modelo continua sendo vendido normalmente em sua nova geração. Não há qualquer chance do Mégane retornar ao Brasil, uma vez que as vendas do segmento de médios não empolgam nem Chevrolet, Volkswagen e Ford. O Fluence, por exemplo, acabou de deixar de ser vendido no Brasil.

5 – Volkswagen Santana

Foto reprodução/ A última face do Volkswagen Santana brasileiro. O primeiro VW de luxo deixou de ser fabricado em 2005

O Santana carrega o DNA dos carros brasileiros. Chegou como “o primeiro VW de luxo”, uma opção mais requintada acima do Passat que ocupava o topo da gama naquela época. Na prática, duas gerações do Passat coexistiram amigavelmente, uma vez que o Santana se chamava “Passat” no velho continente.

Foto reprodução

Poucos sabem, mas o Passat era um projeto da Audi na época em que a marca das quatro argolas foi unificada ao Grupo Volkswagen. Era a primeira investida da marca alemã no segmento de carros médios. O Ford Del Rey já começava a fazer sucesso no Brasil, e a Volkswagen não poderia ficar de fora nessa briga. A história do Santana se encerrou no Brasil em 2005 após incontáveis reestilizações, mas continuou fazendo sucesso do outro lado do mundo.

Foto reprodução

Nosso Santana foi reestilizado na China, e durou mais sete anos no mercado oriental até ganhar uma nova geração. Ele ganhou porte mais avantajado para um sedã familiar. A melhor comparação possível é com o nosso Chevrolet Cobalt, ou o Nissan Versa. O fato mais curioso é que o novo Santana chinês guarda mais semelhanças com o Passat que o próprio Jetta. O modelo também está bem distante do Brasil, uma vez que a Volkswagen está investindo pesado no Virtus.

Fonte: IG Carros

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