Lançado no Brasil em 1980, em 1987 o Gol ganhou frente levemente mais baixa com capô redesenhado, novos faróis, grade, para choques envolventes, novas lanternas dianteiras e traseiras, essas agora com alojamentos para 6 lâmpadas em cada lado, embora o Gol GTS (e futuramente o GTi) viesse com 5 lâmpadas em cada lado e as demais versões com apenas 3 lâmpadas em cada lado. O Gol GT é substituído pelo Gol GTS com alterações no 1.8, que passou a ter somente o álcool como opção, pois o modelo a gasolina deixava muito a desejar em questão de desempenho para um carro “dito esportivo”.
Interessante o fato de a Volkswagen insistir que o Gol GTS tivesse apenas 99cv de potência apesar de estimativas indicarem que ele tivesse entre 105cv e 109cv. Se a Volkswagen admitisse a maior potência, o carro seria taxado com maior imposto, daí o fato de o motor ter a potência nominal tão baixa. O GTS é o primeiro Gol a vir com aerofólio de fábrica. Muda também a nomenclatura das demais versões: a S vira CL, e a LS vira GL. Em virtude do empréstimo compulsório estabelecido pelo governo para conter a alta do consumo decorrente do congelamento de preços imposto pelo Plano Cruzado, surge uma versão C, que substituía a antiga BX e era ainda mais básica que a CL, com motor 1.6, câmbio de 4 marchas e apenas na cor branca e a álcool, destinada a frotas e órgãos governamentais, que durou apenas até o início de 1988.
Um ano depois da primeira reestilização externa, o Gol deixa de usar o painel de instrumentos baseado no da Variant II e ganha dois painéis: um mais simples, baseado no do Santana CL e um outro mais sofisticado (o Satélite) para as versões superiores GL e GTS. Os retrovisores subiram para a área das janelas das portas, e as colunas dos quebra-ventos foram um pouco recuadas para trás. Ao final deste ano, no Salão do Automóvel de São Paulo, é lançado o Gol GTi, primeiro carro nacional com injeção eletrônica.
O motor 2.0 do GTi (AP-2000i), somente a gasolina, tinha 120cv. No final do ano o Gol na versão CL perdeu o consagrado motor AP-1600, para usar um outro derivado do 1.6 CHT da Ford —que passou a ser chamado de AE-1600 (Alta Economia)— por causa das modificações na sua estrutura e união com este fabricante, uma joint venture denominada Autolatina. O Gol ficou um pouco menos potente mas com mais torque em baixas rotações, ao mesmo tempo em que alcançava menor consumo, atingindo a marca de 12,5 km/l na estrada no modelo CL. Para a versão GL ficou disponível apenas o motor AP 1.8.
Em 1991, ocorre a segunda reestilização da primeira geração. A grade dianteira, os faróis e as lanternas dianteiras (agora com refletivo lateral âmbar em cada uma) ficam mais estreitos, para atender também ao padrão norte-americano, já que o modelo derivado do Gol, o Voyage, ainda era exportado para lá com o nome Fox. Tanto que no Fox o refletivo âmbar dava lugar à luz de posição lateral cor de âmbar. Na traseira as mudanças são bem discretas: os vincos em baixo-relevo existentes na tampa do porta-malas do Gol passam a ser bem mais suaves e os emblemas que ali estão ganham nova grafia. Dessa vez os para-choques e as lanternas traseiras do Gol não mudam. O Gol GTi ganha novas cores, ao invés de ser oferecido apenas na cor azul como ocorria de 1988 a 1990. Mesmo com a reestilização da linha Gol, a VW insiste em oferecer o Gol GTS com as lanternas tricolores.
Em 1992, ano em que todas as versões recebem catalisador no escapamento (e com um pequeno emblema “catalisador” na traseira direita), são disponíveis duas versões CL, ambas com o mesmo motor AE 1600. Uma mais simples, com painel sem relógio nem hodômetro parcial, volante de plástico rígido, revestimentos das portas em plástico e rodas de 13 polegadas com pneus 155, e que foi comercializada apenas nesse ano, enquanto não era lançado o Gol 1000. A outra, mais sofisticada, com interior mais parecido com o do GL, exceto pela ausência do painel satélite, revestimento das portas em tecido, e rodas de 13 polegadas com pneus 175. No final do ano, a versão CL voltou a ser única, com o acabamento mais pobre.
Em 1993 é lançado o Gol 1000. A Autolatina converte o AE 1600 para AE 1000, com isso passou a ser fabricado Gol CL com o AE 1600, e Gol 1000 com o AE 1000. Devido ao incentivo fiscal, o Gol 1000 com motor AE 1.0 de apenas 50 cv passou a ser o mais vendido por ter um custo inferior aos demais. Esse modelo foi fabricado até o fim de 1996. No final do ano, o motor AP 1600 voltou a ser disponível para a versão CL.
Em 1994 o plástico dos para-choques de toda linha Gol passa a ser na cor cinza.Foi lançada a última série especial da primeira geração, o Gol Copa, em alusão à Copa dos EUA, e comercializado apenas na cor azul claro metálico (1994). Este foi o último ano de fabricação da primeira geração do Gol motor 1600, exceto para o Gol 1000 que continuaria a ser fabricado até 1996, convivendo com o Gol da segunda geração. Em 1994 o Gol 1000 passava a ser ainda mais simplificado para que ficasse ainda mais competitivo no mercado de populares. Externamente suas únicas mudanças nesse ano foram alguns itens de série, como frisos laterais e ventarolas móveis, passaram a ser opcionais e as lanternas dianteiras que passaram a ser totalmente na cor âmbar, e assim seguiria até o fim de sua fabricação.
Sabe aquela história de que uma imagem vale mais que mil palavras? Veja abaixo 5 vídeos lhe dando não apenas cinco, mas inúmeros motivos para exaltar o gol quadrado:
Por: MundoFixa (Com informações da Wikipédia)