Apesar da crise que derruba vendas há dois anos, o mercado brasileiro de automóveis vive um momento diversificado como há muito não se via. Diferentes marcas em ação, novas fábricas instaladas e novas tecnologias aplicadas (motorização, assistências eletrônicas e conectividade) fizeram crescer a concorrência e — em paralelo — as opções para o comprador.
Mas se há muitos bons produtos em oferta, nem todos conseguem o espaço merecido. Há opção do comprador por modelos de melhor revenda, bem como estratégia focada em rentabilidade ou mesmo erro de posicionamento cometidos pelas próprias marcas. Tudo faz modelos interessantes derraparem e até morrerem comercialmente.
Sabemos que os veículos populares da Fiat, VW, Chevrolet e Ford são os preferidos dos brasileiros, mas você já parou para pensar na quantidade de bons carros dessas e de outras marcas que estão a sua disposição por preços acessíveis e não tem o reconhecimento do grande público?
Fiat Brava
O Fiat Brava foi vendido no Brasil em três versões, SX, ELX e HGT. As versões SX e ELX se diferenciavam apenas pelos opcionais e forração do interior e contavam com motor 1.6 16V que rendia nos primeiros modelos (1999/2000) 99 cavalos (de 106 foi reduzido a esta potência para evitar maior imposto), sendo que de 2000 em diante passou a ter os 106 cavalos originais. Em 2001 foi substituído pelo motor “Corsa Lunga” (curso longo), que tinha maior curso de pistões para uma melhor distribuição de torque. Já a versão HGT possuía motor 1.8 16V com 132 cavalos e itens que o diferenciavam das outras versões como rodas esportivas de aro 15, aerofólio, grade do capô na cor cinza e estofamento em veludo. Tinha como opcionais, ABS, EBD, Teto solar e Air Bag duplo. Ambos os motores eram importados da Itália.
Audi A3
A primeira geração do carro tinha 2 configurações de carroceria, 3 e 5 portas (5 portas produzido no Brasil), não variando, contudo, o desenho do carro.
A segunda geração do modelo também reparte a plataforma com o VW Golf, mas com o Golf de 5a geração. Essa nova geração estreou no final de 2002, com configurações distintas de carroceria, um hatchback de 3 portas (duas para passageiros e uma para porta-malas) e uma de 5 portas (quatro para passageiros e uma para o porta-malas), porém esta última com desenho traseiro diferenciado da versão de 3 portas, com a linha do teto quase que retilínea em direção à traseira do carro. A versão 5 portas também recebeu nome diferenciado, A3 Sportback.
No Brasil, o Audi A3 de 1ª geração foi produzido em linha de montagem compartilhada com o VW Golf de 4a geração, desde 1999 até 2006 e contava com as motorizações 1.6 101 hp,1.8 125 hp e 1,8 Turbo (150, 180) e S3 importado com motor 210 e 225 hp tração quatro.
Astra
O Chevrolet Astra foi um automóvel fabricado pela Chevrolet lançado e produzido no Brasil transcorreu entre 1997 e 2011. De porte médio, quando foi descontinuado era produzido exclusivamente com motor 2.0 bicombustível de 133 cv de potência (gasolina) e 140 cv (álcool), embora tenha tido outros motores.
O carro era disponível em versões hatch, sedan e station wagon, situando-se acima do Corsa e abaixo do Vectra. Atualmente, o Astra é comercializado em uma nova geração muito mais moderna no mercado Europeu, onde é fabricado como Opel Astra e Vauxhall Astra(para países com direção do lado direito como Inglaterra, Japão e África do Sul) pelas subsidiárias europeias da General Motors, a Opel e a Vauxhall. Nos Estados Unidos, o carro era vendido como Saturn Astra.
Em setembro de 2007 foi lançado no Brasil um novo modelo derivado do Astra europeu, com o nome de Vectra GT. O desenho traseiro do modelo é semelhante ao europeu, com a frente da última geração do Chevrolet Vectra nacional, que foi projetado no Brasil como uma versão sedã do Astra europeu. Compartilhava também a plataforma e conjunto motriz com o Vectra nacional, herdados da atual linha Astra.
Ford Focus
Focus foi fabricado pela Ford desde 1998 para suceder o Escort e, à época de seu lançamento, disputar mercado com os mais modernos Fiat Brava, Opel Astra (Chevrolet Astra no Brasil) e Volkswagen Golf. Oferecendo motores mais modernos do que o modelo substituído e novo design, a Ford pretendia que Focus alcançasse o mesmo sucesso que o antecessor Escort. Uma de suas inovações na categoria foi a suspensão traseira multibraço, o que permitiu que o Focus disputasse com o Golf a qualificação de hatch que proporciona mais prazer em dirigir. A versão vendida na América do Sul começou a ser produzida em 2000, na fábrica de General Pacheco, Argentina, de onde, desde então, foi exportado ao Brasil.
Volkswagen Golf Mk3
A terceira geração do Golf foi lançada na Europa no final de 1991, porém em países como o Brasil e os Estados Unidos, eles só chegaram em 1994. No período compreendido de 1993 até 1995, foram chamados de “Golf III”, para mostrar que eram um carro diferente da versão anterior, visto que eles tinham altos preços de seguro, por causa da falta de segurança, problema esse que a terceira geração visava resolver. Quando o público se ambientalizou à diferenciação, o sufixo foi removido do nome, nos idos de 1996. Hoje em dia, a nomenclatura MK3 serve apenas para diferenciá-lo das outras gerações, não fazendo parte do nome do veículo em si.
Peugeot 206
Durante o começo da década de 1990, a Peugeot decidiu não substituir o Peugeot 205 directamente, citando que os superminis já não eram mais lucrativos nem valiam a pena. Em seu lugar a Peugeot optou por uma estratégia diferenciada e decidiu que seu novo supermini, o Peugeot 106 (lançado em 1991) tomaria as vendas dos modelos 205 mais simples, enquanto os modelos mais simples da família Peugeot 306, lançada em 1993 para substituir o Peugeot 309, substituiria as versões mais completas do 205. Entre o 106 e 306, a Peugeot esperava que o 205 não precisaria ser substituído, e poderia ser descontinuado gradualmente, enquanto seus consumidores teriam opções tanto acima quanto abaixo da gama 205.
Infelizmente para a Peugeot, a estratégia não funcionou. Com a descontinuação do 205, carros rivais como o Ford Fiesta e Volkswagen Polo continuaram a vender bem e até tiveram sua popularidade ampliada, e sem um rival direto, a Peugeot perdia vendas rapidamente. Um novo supermini era necessário e o 206 foi lançado em 1998 como um substituto tardio para o 205.
Apesar do nome 206 indicar uma continuação direta do 205, alguns críticos afirmam que o carro deveria ser nomeado 207, devido a aplicação da nomenclatura da “geração 6” entre o começo e o meio da década de 1990, com o 106 em 1991, o 306 em 1993 e o 406 em 1995.
Fiat Stilo
O Stilo foi um automóvel fabricado pela Fiat. Situava-se acima da categoria do Punto (Compacto Premium) e era considerado um Hatch Médio. Sua produção foi encerrada após o lançamento do novo Fiat Bravo, em 2010.
Veja no vídeo abaixo 7 carros bons e baratos que muitos não dão o devido valor: