Alguns modelos são tão anônimos que não percebemos nem quando se despedem do mercado.
Podemos enumerar diversas despedidas marcantes que já aconteceram no mercado brasileiro. Enquanto o último Chevrolet Opala deixava a linha da GM, em 1992, funcionários do Complexo Industrial de São Caetano colavam mensagens de revolta pelo fim de sua produção na carroceria do veículo. Duas décadas depois, chegou a vez da Volkswagen Kombi, que mereceu até campanha de deslançamento: ” Vai aí a Kombi. Em breve, em nenhuma concessionária Volkswagen perto de você”. Dois exemplos de carros que saíram de linha, e deixaram saudades.
Claro, estamos falando de modelos icônicos que nunca vão perder o espaço no coração dos apaixonados por carros. Por outro lado, tem outros modelos indo embora e você nem deve ter reparado. Com isso em mente, a reportagem do iG Carros listou cinco carros que saíram de linha e quase ninguém reparou.
1 – Hyundai i30
O Hyundai i30 era trazido ao Brasil pelo Grupo CAOA, importado da Coréia do Sul. O modelo que se tornou objeto de desejo entre os jovens em sua primeira geração não conseguiu cumprir o legado de seu antecessor, abandonando o mercado de maneira bem discreta.
Ao entrar no site da Hyundai CAOA, encontrará configurações fixas do i30 2016. Apesar de entregar um pacote bem completo, o modelo não sobreviveu ao próprio preço e acabou caindo junto do interesse do público por hatches médios. Uma pena, já que o carro tem suas qualidades. As últimas unidades que foram vendidas vieram com motor 1.8, movido a gasolina, com 150 cv e 18,2 kgfm a 4.700 rpm. No sistema de transmissão a caixa de câmbio é automática, sequencial, de seis marchas.
2 – Renault Clio
Quase 17 anos depois de sua chegada, o Clio dá adeus ao Brasil. O compacto, que revolucionou ao oferecer airbags de série em pleno 1999, terminou sua longa passagem como o carro mais barato da marca no país e com (quase) o mesmo visual de quando desembarcou por aqui – ao longo dos anos, foram duas reestilizações significativas. Sua produção foi encerrada neste ano na Argentina.
3 – Volkswagen CrossFox
Símbolo de status na metade da última década, o CrossFox ganhou até música – uma paródia com a canção A Thousand Miles, de Vanessa Carlton. Mas com a chegada do novo Polo, a Volkswagen teve que reformular toda a linha Fox, que ficou reduzida a dois modelos, XTreme e Connect, com opção de câmbio manual e automatizado. Todas as outras saíram de linha, entre as quais, a que ficou tão famosa pela música.
O CrossFox também ficou com uma certa fama negativa pelo preço acima do ideal. Aliás, toda a linha Fox sofreu muito com o posicionamento dos preços da Volkswagen. A versão topo de linha da perua SpaceFox, a Highline, beirava os R$ 100 mil em sua versão completa. Acha que é brincadeira? Confira o link abaixo.
4 – Fiat Linea
Não é de hoje que algumas concessionárias liquidaram seus estoques do Linea sem medo de afirmar que um novo sedã vem aí para ocupar a lacuna deixada por ele. Isso ficará a cargo do X6S, um três volumes derivado do projeto X6H, que chegará às lojas em 2017. Desde que foi lançado no Brasil, em 2008, o Linea recebeu críticas a respeito do espaço interno e do câmbio Dualogic, e nunca conseguiu fazer frente aos sedãs médios líderes do mercado.
5 – Fiat Freemont
Um Dodge Journey simplificado, com motor menor e emblemas modificados nunca fez muito sentido nas lojas da Fiat. O Freemont chegou ao Brasil em 2011, com a intenção de elevar a aura da marca, mas não deu certo. Apesar de ainda não existir um posicionamento oficial da marca a respeito, o utilitário deverá ser descontinuado em 2017, deixando para a Toro o cargo de carro mais caro da linha Fiat. Há boatos de que uma versão de cabine fechada da Toro seria seu substituto.
6 – SsangYong
Certamente você já torceu o nariz para algum modelo da SsangYong pelas ruas. Presente no Brasil desde 2001, a marca é a responsável pelos polêmicos Musso, Rodius, Actyon (foto) e Actyon Sports, além do belo Korando. O que muita gente não sabe, porém, é que os carros da sul-coreana têm mecânica Mercedes-Benz – ou o motor 2.0 diesel, mais especificamente. Deixou de ter representação oficial no Brasil em 2015 mas, caso você se interesse por algum SUV da marca, pode encontrá-los em algumas revendas Mercedes.
7 – Chevrolet Captiva
Com apenas 78 unidades vendidas no acumulado de 2017, o Captiva mostra que não faz mais sentido a GM mantê-lo no portfólio. A fabricante já confirmou a chegada do Equinox, que também será importado do México, no segundo semestre.