Eles já foram sonhos de consumo, símbolos de status, até tiveram números expressivos em vendas. De repente, o tempo passou, saíram de linha, e consequentemente o preço despencou, até chegar a fase em que “o rico não quer mais, e o pobre não pode manter”.
E quando menos se esperava, de repente voltaram a ter valor, se tornando objetos cobiçados principalmente por colecionadores e entusiastas. Sim, este foi o ciclo percorrido por alguns veículos no mercado nacional, ao quais alguns exemplos serão citados agora:
– Chevrolet Opala: não há carro mais ideal para se iniciar esta lista. Ele já foi carro executivo, transportando com conforto políticos, artistas e famílias nobres. Um dos mais caros carros já fabricados e vendidos no Brasil. De repente, é alçado a táxi e até a carro de polícia. Era comum também ver sua derivada Caravan atuando como carro funerário e ambulância. E quando se pensava que a coisa não poderia piorar, passou a ser carro de malandro. Depois do susto, o Chevrolet Opala, em todas as suas versões e anos, é uma verdadeira coqueluche em meio a colecionadores. Para um carro já há 20 anos fora de linha, seu preço, mesmo que não esteja tão 100% assim, pode chegar próximo até de alguns carros 0 km;
– Volkswagen Fusca: antes que pensem que me equivoquei, sei que o Fusca nunca foi carro de luxo. A questão é que, à sua época (anos 60, 70 e fim dos anos 80), em uma época em que os carros eram bens altamente inacessíveis, muita gente sonhava em ter “ao menos um fusquinha”, assim como, até meados dos anos 90, estava no topo quando a questão era o primeiro carro. Com a febre dos populares e por consequência a facilidade de crédito para compra de carros no início deste milênio, o Fusca foi esquecido por muitos, passando a ser um dos carros mais desprezados. Hoje é comum ser o primeiro carro de quem se aventura na arte de colecionar;
– Willys/Ford Rural: lançada na década de 50 pela fabricante Willys (que logo depois foi comprada pela Ford), a Rural foi na verdade, junto à Chevrolet Veraneio, a precursora brasileira da categoria que hoje conhecemos como SUV. Por um tempo conhecida como “carrão de pobre”, hoje é um item cobiçado por colecionadores em todo o Brasil.
– Chevrolet Omega: dependendo da versão (não importando muito o ano, o que faz deste carro um caso a parte) um Omega tem preços que variam na média entre 12 e 15 mil reais. Tudo indica que por aí chega, e que a tendência é que o preço deste modelo comece a subir;
– Volkswagen Santana: cogitado a até voltar a ser produzido (logicamente totalmente novo) a verdade é que o Santana nunca foi esquecido pelo público das antigas, por conta justamente de uma de suas principais características, que era a robustez mecânica;
– Ford Corcel: ninguém pode negar que o sedã/cupê/seja lá o que for da Ford tenha sido um grande sucesso de vendas. O próprio autor deste texto sonha, tão logo, ter um exemplar na garagem. Mas a verdade é que o Corcel I ou II e até a Belina já não são vistos mais com tanta frequência nas feiras livres da vida, carregando bananas e outras frutas. Até juro que vi, no Youtube, um senhor que tem uma verdadeira frota destes carros, que eram referência à sua época em conforto, durabilidade e consumo;
– Volkswagen Brasília: assim como a Belina, é também cada vez mais difícil encontrar uma Brasília cujo dono esteja vendendo bananas em feira livre. Ou pamonha. Eternizada na cor amarela por conta de uma famosa música, é presença cada vez mais marcante nas feiras e exposições de carros antigos Brasil afora;
– Fiat Tempra: muita gente pode até discordar que um dia este carro voltará a ter valor, mas aposto minhas fichas nele. Seu design fora considerado revolucionário à época;
– Chevrolet D20: fora de linha desde 1996, era comum, principalmente em cidades do interior do Nordeste, ver este veículo sendo usado como transporte público (os famosos pau-de-arara). Hoje em dia, uma D20 cabine dupla inteiraça pode passar facilmente dos R$ 45.000,00
E você, gostaria de adicionar algum carro a esta lista?!
Fonte: Notícias Automotivas