Você com certeza já ouviu a expressão de que carro é como se fosse uma segunda família, não é mesmo? E, de uma certa forma, é justamente isso. Assim como a sua família o seu veículo precisa ser cuidado e isso demanda tempo e dinheiro, principalmente quando o assunto são os carros usados, uma vez que, em alguns casos, já existe bastante desgaste em decorrência do tempo de uso. Mas você sabia que a maneira como você dirige afeta diretamente a durabilidade de seu veículo? Exatamente, não é somente o tempo e/ou as péssimas condições das ruas e rodovias que danificam um carro. Se você efetuar manobras erroneamente isso também poderá diminuir, e muito, a vida útil do carro. Para te ajudar a identificar algumas das principais atitudes que você deve evitar nós trouxemos para você uma lista com 9 coisas que você não deve fazer com seu carro.
1. Dirigir com a mão no câmbio
A prática pode até parecer confortável, não é mesmo? Afinal de contas em longos trajetos dirigir os dois braços no volante realmente torna-se algo cansativo. Porém, a prática ideal para descanso do braço, definitivamente, não é repousá-la no câmbio. Quer saber o porquê? Embora parece algo simples o ato pode prejudicar a alavanca do câmbio, a qual está presa à caixa de marchas. Qualquer toque errado pode ocasionar uma pressão diferente e proporcionar um desgaste e levar a um problema maior. Fique atento!
2. Dirigir com a temperatura do motor alta
O carro dá uma série de indícios quando algo está errado. Um desses sinais é percebido por meio do termômetro que encontra-se localizado no painel do seu veículo, juntamente com o velocímetro e o medidor de gasolina. A temperatura ideal para o veículo é 90º, podendo chegar no máximo até os 110º dependendo do modelo do carro. Fique de olho no termômetro, se ele subir muito o mais indicado é parar e esperar o motor resfriar, preferencialmente abra o capô para que o resfriamento seja efetuado melhor. Na sequência, quando o carro já estiver frio, verifique o nível de água do reservatório, se ele estiver muito abaixo do normal confira se não estão ocorrendo vazamentos, caso isso esteja ocorrendo o indicado é efetuar a troca. O superaquecimento pode danificar o motor, aí sim o prejuízo sairá bem maior do que se imagina.
3. Permanecer com o pé na embreagem
Assim como descansar a mão no câmbio, dirigir com o pé apoiado na embreagem é outro hábito comum, principalmente entre os motoristas de “primeira viagem”. A falsa sensação de “controle” que esse ato proporciona pode ocasionar um desgaste totalmente desnecessário na embreagem. O indicado é utilizar a embreagem somente na troca de marcha, do contrário todos os carros oferecem um espaço localizado ao lado esquerdo para que o seu pé repouse e não cause tanto um cansaço maior na perna, como um problema na embreagem.
4. Utilizar pneus “meia vida”
Algumas borracharias oferecem, com custos bem reduzidos, os pneus chamados de “meia vida”, ou seja, feitos a partir de sulcos de pneus carecas, nada mais do que reaproveitamento. Apesar de o preço ser muito mais atrativo e acessível, principalmente naqueles momentos em que as contas andam no vermelho, o pneu meia vida não é indicado. Além de sua resistência e durabilidade serem menores, podendo ocasionar acidentes que levarão a danos muito maiores, eles também precisam ser trocados com mais frequência. Lembre-se que em alguns casos o barato pode sair caro. Opte sempre por um material de qualidade e garanta a segurança tanto sua como das outras pessoas.
5. Colocar água fria no reservatório com o carro aquecido
Nos carros, a velha história de que a água fria evita o aquecimento não funciona. Jamais coloque água fria quando o carro estiver quente. É preciso esperar que o motor resfrie. Caso contrário você poderá ocasionar uma trinca no cabeçote ou até mesmo um empenamento do veículo. Se o seu carro aparece com o nível de água abaixo do normal com frequência consulte um profissional especializado e verifique se não existem vazamentos. Se for o caso, será necessário efetuar a troca do reservatório, o que sairá muito mais barato.
6. Não se importar com os vazamentos
Todo e qualquer vazamento é um sinal de alerta. Quando isso ocorrer, preste atenção, algo está errado. Seja vazamento de óleo do motor, do frio ou do câmbio, verifique sempre. Se isso acontecer é necessário fazer o reparo correto o quanto antes. Quanto maior você prolongar a solução, mais problemas poderão vir na sequência.
7. Retirar a válvula termostática
O superaquecimento é um problema que ocorre com frequência, em muitos veículos. Os motivos são os mais variados e podem ocasionar danos maiores, se não reparados. Um deles é o mau funcionamento da válvula termostática. Alguns motoristas optam por retirá-la e não substituem com outra. Acreditam estar resolvendo o problema, mas, na verdade, estão criando outro maior ainda. Se o veículo trabalha frio ele ocasiona desgastes prematuros em peças do motor. Sendo assim, tenha consciência de que a válvula termostática é uma peça importante, em caso de danos substitua por uma de qualidade. Sem ela a vida útil do seu motor é reduzida em 50%.
8. Soldar o radiador
O radiador pode ser danificado ao longo do tempo. Isso ocorre com maior frequência quando não é efetuada a troca de aditivo corretamente, quando o nível de água está baixo e é completado apenas com água da torneira, a qual possui cloro, e quando não são efetuadas revisões com frequência. Algumas pessoas, para não efetuar a troca do radiador, optam por soldá-lo. Antes de fazer isso verifique com um profissional especializado e de sua confiança, qual é o procedimento adequado. Às vezes soldar poderá apenas ocasionar outros pontos fragilizados o que trará um problema maior futuramente. Portanto, tenha certeza da melhor opção, em alguns casos o melhor mesmo é efetuar a troca.
9. Escolher pastilhas de freio erradas
As pastilhas de freio são fundamentais para a vida útil dos freios do seu carro e devem ser substituídas adequadamente conforme for necessário. Porém, é importante escolher as pastilhas corretas. Existem algumas gratuitas e outras com preço bem acessível, mas fique de olho, em geral elas são duras, outras moles demais, algumas causam ruídos e diminuem a vida útil dos discos de freio. O indicado é sempre consultar o profissional de sua confiança, não arrisque a durabilidade do seu veículo por optar por algo que não tem total certeza.
Fonte: Centraoautopecas