Ao soltar um pum, você está liberando na atmosfera uma combinação de dióxido de carbono, oxigênio, nitrogênio, sulfeto de hidrogênio (responsável pelo odor fétido), metano e hidrogênio. Mas, além de irritar narizes alheios, os seus “gases” poderiam estar contribuindo para uma redução no consumo de petróleo.
Essas duas últimas substâncias mencionadas é que podem, algum dia, revolucionar a forma como abastecemos nossos carros, conforme levantou o site Jalopnik. Isso porque o metano, que compõe em média 7,2% de um peido — segundo o livro Bioastronautics Data Book da NASA —, é a substância básica (cerca de 70%) do gás natural, o qual há muito tempo é usado como fonte de energia.
Um exemplo disso é esta máquina chinesa que transforma estrume em eletricidade, e o mesmo princípio poderia ser usado para motores veiculares. Na verdade, já em 2010 foi criado um protótipo de automóvel alimentado por dejetos humanos — um New Beetle apelidado de “Bio-Bug”.
Contudo, o elemento que parece ter maior potencial de efetivação nesse sentido é o hidrogênio. Primeiro pelo fato de ele estar em maior quantidade em uma flatulência (em média 20%, mas pode chegar a 34%) e segundo por apresentar projetos mais avançados, como o ix35 da Hyundai. Clique aqui para saber mais sobre motorização a hidrogênio.
Um futuro ainda distante
Ambas as alternativas são boas e “ecologicamente corretas”, mas seria preciso um grande avanço tecnológico para chegarmos a um nível no qual poderíamos reabastecer nossos carros com puns.
O primeiro grande empecilho é a quantidade de gases expelidos. Normalmente, uma pessoa libera mais ou menos 100 ml dessa combinação de elementos gasosos. Se levarmos em conta que um cilindro de GNV (Gás Natural Veicular) tem capacidade de pelo menos 7,5 m3 e que nem todos esses 100 ml são metano puro, você passaria a vida tentando encher um “tanque”.
Mesmo assim, o pessoal do site Jalopnik bolou um conceito satirizado de roupa íntima capaz de coletar os peidos humanos. O “sistema de aproveitamento do metano” é composto por um tubo coletor de flatulência, espaços para o armazenamento dos gases (incluindo um indicador de ocupação desses reservatórios) e uma válvula de escape, para qualquer emergência.
E aí, o que você acha desses métodos alternativos de abastecimento?