Uma impressionante coleção de 36 Corvettes foi deixada abandonada em uma garagem, onde ficou esquecida por mais de 25 anos. Uma espécie de purgatório onde muitos de nós gostaria de passar uma temporada. Agora os esportivos vão voltar a ver a luz do dia.
Peter Max, conhecido artista plástico alemão radicado nos Estados Unidos, foi durante os últimos 25 anos proprietário de 36 Corvette. Isso por si só já seria algo excepcional. Apaixonado pelo desenho dos Corvette, quando montou esta coleção tinha a ideia de usá-la numa das suas obras de arte, mas isso nunca aconteceu. Os 36 Chevrolet Corvette, da primeira à então última geração, acabaram guardados, cobertos de pó, numa garagem em Nova Iorque durante 25 longos anos. Incluindo um raro 1953, um dos apenas 300 produzidos, todos brancos com interior vermelho.
A história da aquisição desta coleção é diferente. Max já tinha começado a tentar colecionar Corvette, mas sem sucesso. A sua sorte mudou quando o canal VH1 lançou um concurso onde o vencedor ganharia um Corvette de cada ano, de 1953 até 1990, somando um total de 36 carros.
Não, Max não ganhou o concurso, mas fez uma oferta irrecusável ao vencedor, Denis Amodeo. O feliz contemplado pouco depois de receber o seu lote de Corvette, atendeu um telefonema de Max. O artista demostrou o desejo de ficar com aquela parte da história do automóvel, propondo um acordo que incluiria US$ 250 mil em dinheiro, mais US$ 250 mil em obras de arte da sua autoria e uma porcentagem do lucro da revenda dos carros, caso Max lhes decidisse dar esse fim aos esportivos.
Passados todos estes anos, o artista não chegou a produzir nenhuma obra com os Corvette. O dilema que fez com que Max não levasse a sua ideia adiante nunca foi mencionado. No entanto, em conversas informais, disse que manifestou vontade em adicionar mais 14 anos de Corvette à sua colecção em 2010.
Passaram assim mais seis anos e continuamos à espera da tal obra de arte. Talvez Peter Max tenha sido vencido pelo tempo, pois isso obrigaria trabalhos acrescidos nos carros, depois de tanto tempo guardados entre quatro paredes.
O tempo foi, de fato, um pouco indelicado com os 36 Corvettes. Agora, o valor do restauro de alguns exemplares ultrapassa o seu valor comercial. Este pedaço de história está agora em outras mãos, de alguém que pretende restaurar e devolver todos à sua antiga glória. O novo pai dos Corvette é Peter Heller. Com esta venda, se Amodeo recebeu ou não a sua parte ninguém sabe. O que interessa mesmo é que este tesouro, há tanto tempo esquecido, volte a fazer brilhar os olhos de alguém. Os nossos já brilharam.
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