Os últimos anos têm sido de muitas descobertas para o caçador de carros raros Reginaldo de Campinas. Entre os principais veículos encontrados pelo famoso garimpador de raridades, destaca-se um incrível Chevrolet Omega 4.1, fabricado em 1997, que foi descoberto com apenas 26 mil km rodados. Em pleno 2023, o carro continua em estado de novo, como se tivesse acabado de sair da fábrica.
Com câmbio mecânico e teto solar, este carro nos transporta para um passado recente marcado pela acirrada concorrência entre os grandes ícones da indústria automobilística nacional. Além disso, o veículo está em perfeito estado, o que torna a experiência de dirigi-lo ainda mais nostálgica e prazerosa.
O Chevrolet Omega foi fabricado no Brasil pela General Motors sob a marca Chevrolet. O modelo foi originalmente lançado em 1986 pela Opel, uma subsidiária da General Motors na Alemanha, e foi produzido na fábrica de Rüsselsheim até o ano de 2003. O veículo foi exportado para diversos países, sendo comercializado sob as marcas Vauxhall Carlton e Cadillac Catera. O Omega é reconhecido por sua qualidade e desempenho, sendo um dos carros mais icônicos da indústria automobilística brasileira.
Em 1992, o poderoso carro da Chevrolet foi apresentado ao mercado nacional, sendo produzido pela montadora americana na cidade de São Caetano do Sul, localizada em São Paulo. O Omega foi um sucesso de vendas, conquistando muitos consumidores brasileiros com seu desempenho, design elegante e tecnologia avançada. A produção nacional do veículo contribuiu para fortalecer a indústria automobilística brasileira e consolidar a presença da General Motors no país.
O sedã da GM foi lançado inicialmente nas versões GLS (Gran Luxo Super) e CD (Confort Diamond), sendo esta última a topo de linha. A versão GLS já vinha muito bem equipada, contando com itens como freios ABS, teto solar e computador de bordo, que podiam ser adquiridos como opcionais. Já a versão CD oferecia ainda mais conforto e sofisticação, com bancos em couro, ar-condicionado digital, airbags e outras tecnologias avançadas para a época. As duas versões do Omega foram muito bem recebidas pelo mercado e ajudaram a consolidar a reputação da Chevrolet como fabricante de carros de alta qualidade.
O Omega era um carro imponente, com suas dimensões de 4,74 metros de comprimento, 1,76 metro de largura e 1,41 metro de altura, que lhe conferiam uma presença de carro importado, especialmente dos modelos americanos. Curiosamente, nos Estados Unidos, o modelo era considerado um sedã médio-grande, enquanto no Brasil era classificado como um sedã grande.
Na versão GLS, o Omega contava com um motor 2.0 litros, que era o mesmo utilizado no Monza, porém com uma disposição longitudinal e injeção eletrônica do tipo Motronic, em vez da Bosch LE-Jetronic utilizada no Monza. A potência do motor na versão a gasolina era de 116 cv, com torque de 17,3 Kgfm a 2.800 rpm, enquanto a versão a álcool apresentava potência de 130 cv, com torque de 18,6 Kgfm a 4.000 rpm.
Após passar por uma reestruturação geral em 2007, o Omega continuou sendo comercializado no Brasil até 2012, quando acabou sendo descontinuado, deixando muitos fãs do modelo com saudades. O fim da produção do veículo no país foi uma perda significativa para os amantes de carros potentes e elegantes, que reconheciam o Omega como um ícone da indústria automobilística nacional. Mesmo fora de linha, o Omega continua sendo um carro admirado e valorizado por sua história e qualidade.