Este foi o primeiro Omega fabricado no Brasil

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Há 27 anos, em um distante 1992, a GM lançava o Chevrolet Omega para substituir o cansado Opala, que já completava suas duas décadas de serviços. O Omega foi produzido durante apenas seis anos, de 1992 a 1998, mas foi tempo suficiente para que ele se tornasse um ícone da nova era do mercado brasileiro, a ponto de ser considerado por muitos o melhor carro já produzido no país. E foi este Omega azul das fotos o exemplar que deu início a esta curta, mas bem sucedida história de quatro rodas.

A primeira unidade produzida do Omega, o chassi 001, serviu para os testes finais do modelo antes do lançamento. Geralmente esses exemplares de testes são descartados ou desmontados, mas o Omega “001” escapou deste destino inglório, e foi usado para transportar executivos entre os edifícios do parque fabril. Algum tempo depois ele foi adaptado para o desenvolvimento do motor a álcool de 130 cv, que conforme lembra a turma do Omega Clube, foi primeiro motor do mundo a usar injeção multiponto de etanol.

Por ser uma versão de testes da fábrica, ele obviamente não tem documentação ou nota fiscal que indiquem sua versão de acabamento, mas a ausência de vidros e retrovisores elétricos indica que trata-se de uma proto-versão GLS, com interior monocromático de tonalidade azulada, um opcional esquecido do primeiro ano-modelo do Omega, que também se estende ao belo veludo dos bancos.

Foto reprodução

Para combinar com o exótico interior, a carroceria é pintada com uma tonalidade que nunca fez parte do catálogo de cores do Omega, e sim do seu irmão mais novo, o Kadett e chama-se Azul Celeste metálico.

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Ao longo dos anos o carro rodou 86.000 km apenas dentro da fábrica e na pista de testes, já que nunca foi emplacado. Depois disso o Omega 001 ficou guardado nas dependências da GM até ser exposto no extinto museu da ULBRA, no Rio Grande do Sul. No museu ele receberia uma restauração que devolveria ao carro sua aparência original e algumas poucas peças faltantes. Acontece que essa restauração nunca aconteceu, pois o museu acabou fechando em 2009 e o carro voltou a São Caetano do Sul, cidade sede da GM do Brasil. Ele passou mais um ano guardado pela fábrica até que foi cedido ao Omega Clube em 2010.

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Com o carro em mãos, os associados do Omega Clube começaram a restauração que ele nunca recebeu na ULBRA. O tempo em que o carro permaneceu guardado e sem os devidos cuidados foi cruel. Além da sujeira, havia fezes de ratos no cofre do motor e danos à tampa do porta-malas devido à uma goteira ou infiltração em algum dos depósitos onde o carro permaneceu.

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Depois da lavagem para revelar o estado real do carro, ele foi encaminhado a uma revisão completa na qual foram substituídos correias e mangueiras, velas, filtro de ar e combustível. O sistema de arrefecimento e a bomba de combustível precisaram apenas passar por uma limpeza completa. Por dentro foi preciso apenas limpar bancos e painéis, e recuperar o forro do teto, que estava soltando da metade para trás.

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Os últimos detalhes para deixar o Omega 001 100% original foram uma reforma nas rodas de liga leve, a inversão  os logotipos na tampa traseira, e a recolocação da tampa do console central e um friso detalhe da grade dianteira.

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Atualmente o carro continua em posse do Omega Clube, que o considera seu mais valioso bem, e aparece com certa frequência em encontros e eventos de clássicos. Uma aposentadoria digna para um dos carros mais emblemáticos da indústria automotiva brasileira.

Fonte: FlatOUT [ Fotos: Omega Clube ]

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