A cena é insólita, mas real. Uma Ferrari Dino 208 GT4 produzida em 1975 está apodrecendo lentamente num dos pátios administrados pela prefeitura de Santo André, região metropolitana de São Paulo. O modelo, que foi retratado numa matéria do Diário do Grande ABC, foi apreendido em 2006 e, desde então, encontra-se largada à própria sorte.
A origem dessa história é um pouco mais antiga. Em fevereiro de 2002, o romeno Ferry Lazar havia levado seu exemplar a uma oficina para efetuar algum tipo de conserto. Quando retornou ao local para retirar o carro na data marcada, o estabelecimento havia fechado e o esportivo havia sumido.
Um ano depois, depois de muito procurar, Lazar localizou uma Dino 208 GT4 com as mesmas características da sua. Entretanto, havia uma diferença significativa: o carro agora contava com carroceria pintada de amarelo, sendo que a cor original era azul. O então dono, Ariovaldo Vicentini, prontificou-se a tentar esclarecer a situação.
O delegado envolvido no caso, à época, levantou a hipótese de que Lazar e Vicentini possam ter sido vítimas de um golpe. Fato é que, depois da apreensão do veículo, não houve mais novidades sobre o caso. Como consequência, a Ferrari segue parada no pátio, sendo corroída por ferrugem, servindo como dormitório para um cão que vive no pátio e sem destino certo.
Na verdade, é possível até que o carro seja vendido como ferro-velho, o que poderia render um valor próximo a R$ 300 mil. Para efeito de comparação, um modelo com essas especificações pode ser encontrado em sites de venda de clássicos por até 59.990 libras esterlinas (equivalente a pouco mais de R$ 310 mil).
Fonte: Quatro Rodas