O engenheiro mecânico da FCA Ronaldo Dolabella, de 50 anos, morreu em um acidente na Rodovia Régis Bittencourt, no interior de São Paulo, no dia 28 de agosto, enquanto testava um protótipo de picape da marca. No caso, a sucessora da Strada.
No boletim policial a picape foi chamada de Volcano e foi relatada com o motor 1.3 CC Flex. Ainda segundo o documento, o veículo, em comboio com outros protótipos, estava em alta velocidade. E que pode ter havido falha mecânica quando o motorista perdeu o controle e colidiu com um barranco.
Como se tratava de um modelo em teste apenas, ele não estava equipado com air bags, o que certamente contribuiu com os ferimentos fatais do engenheiro, que era passageiro do veículo. O piloto de testes Fabrício Passos, que dirigia o carro, está internado com ferimentos graves. Ronaldo Dolabella era casado com Adriana Camarano, com quem tinha um filho de 2 anos.
A Fiat se posicionou sobre o caso explicando alguns detalhes:
Primeiramente, esta é uma tragédia e todos nós na Fiat Chrysler Automóveis (FCA) estamos profundamente comovidos com o falecimento de um colega e com os ferimentos causados em outro membro do nosso time no acidente. A prioridade da empresa neste momento é garantir toda a assistência necessária às famílias.
A FCA confirma o acidente com um veículo da empresa na Rodovia Régis Bittencourt, em São Paulo, na manhã do dia 28 de agosto. O veículo integrava um comboio que seguia rumo ao Rio Grande do Sul como parte de uma rotina de testes de produto sob a ótica do cliente final. Nenhum outro veículo se envolveu no acidente.
Todos os veículos de teste utilizados pela FCA são propriamente identificados com placas específicas e seguem todas as normas nacionais e internacionais de segurança para tais condições. É importante esclarecer que a FCA não conduz testes de velocidade em vias públicas. O teste em questão tinha como objetivo avaliar o veículo em condições normais de rodagem.
Tais testes não demandam a utilização de capacetes ou outras medidas adicionais de segurança exigidas por lei para testes de velocidade e resistência realizados em pistas e circuitos fechados.
Investigações oficiais estão em andamento e a FCA está colaborando integralmente e em total transparência com as autoridades. A Polícia Técnica do Estado de São Paulo conduziu a perícia no local do acidente e os resultados oficiais das investigações são aguardados para as próximas semanas.
Neste interim, a FCA está conduzindo suas próprias análises – tanto com seus times técnicos quanto com peritos independentes – para apurar as causas do acidente e avaliar o desempenho do veículo sob as condições provocadas pela colisão.
Todas as análises preliminares se concentram sobre as circunstâncias de ocorrência do acidente, como trajetória e velocidade do veículo no momento e condições da via no local. Não houve falha mecânica ou mau funcionamento do veículo, conforme indicam as análises de dados relativos ao mesmo. A carroceria, a estrutura e os demais componentes mecânicos – tais como suspensão, eixos, barra de direção, cintos de segurança e outros – se comportaram de maneira tecnicamente adequada sob tais condições de colisão.
Embora os airbags não estivessem ativados – o que é uma condição permitida pelas leis nacionais para veículos de teste, visto que a calibração final das bolsas de ar segue em desenvolvimento e o acionamento das mesmas pode oferecer riscos adicionais – o especialista de testes e o passageiro, ambos treinados e experientes, estavam cientes dessa condição e haviam passado por todos os procedimentos padrões de segurança para testes antes do início da viagem.
Adicionalmente, análises independentes e da FCA confirmaram que a luz de alerta do painel para desativação do airbag estava operando normalmente durante a viagem. Além disso, cabe notar que não houve um choque frontal que pudesse ser capaz de acionar o airbag. O veículo sofreu seguidos capotamentos, o que provocou a colisão do teto com estrutura de concreto de vala central de escoamento de águas pluviais na via.
Na sequência desse acidente, a FCA está conduzindo análises mecânicas e de engenharia adicionais em todos os veículos de teste para reassegurar que eles não oferecem quaisquer riscos a condutores e passageiros. A FCA também está revisando todos os procedimentos internos para viagens de testes e reforçando as instruções e treinamentos de segurança para toda a equipe.
Nova picape chega ano que vem
Conhecida pelo código X1P, a nova picape continuará tendo foco no trabalho. E, para cortar custos, ela será meio Frankenstein. Terá base de Argo e traseira de Fiorino.
Quando se fala em traseira de Fiorino, isso quer dizer que a picape manterá o eixo rígido que já acompanha a Strada. Ele é muito confiável, qualquer mecânico sabe mexer e funciona muito bem para o trabalho pesado. No uso urbano, ele deixa a picape mais molenga. Mas pelo número de vendas da Strada, sempre líder, o consumidor não se importa com isso.
Fonte: Jornal do Carro