Apresentado em 1987, o Gol GTS acompanhou a reestilização da família: frente 5 cm mais baixa, para-choques envolventes e lanternas traseiras maiores. Os faróis mais largos eram os mesmos utilizados no Voyage e Parati. Por fora, uma decoração exclusiva incluía refletores auxiliares (de neblina e longo alcance), molduras laterais, novas rodas (apelidadas de “pingo d’água”) e aerofólio.
Feroz, a nova versão manteve o status de automóvel mais rápido do Brasil: ia de 0 a 100 km/h em 10,8 s – era o único esportivo a completar a prova em menos de 11 s. O ronco do escapamento (pouco abaixo do limite permitido), os freios eficientes, a direção rápida e o câmbio de engates curtos eram alguns de seus traços merecedores de elogios.
O elevado desempenho tinha explicação: o motor 1.8 dotado do comando de válvulas 049G (oriundo do Golf GTi). Gerava tanta energia que, por razões tributárias, a potência declarada era de 99 cv – um valor incompatível com o desempenho. A potência estimada ficava entre 105 e 110 cv. Sobre os concorrentes, apenas o Monza S/R (motor 2.0) e o Passat GTS Pointer chegavam perto.
O GTS em 1991 enfrentava Escort XR3 1.8 e Uno 1.6R, mas continuava imbatível na relação custo-desempenho. Em números absolutos, perdia apenas para o Kadett GSi e o irmão caçula (o Gol GTi), ambos com motor 2.0. E o GTS 1991 mantinha o ronco e a estabilidade inalterados, mas a queda no desempenho era sensível: ia de 0 a 100 km/h em 11,8 s. Já o GTS 1994 trazia direção hidráulica, mas despediu-se com a chegada da segunda geração do Gol.
Recentemente o caçador de carros raros Reginaldo de Campinas encontrou abandonado em uma garagem um GTS super raro. O proprietário comprou o carro 0km em 1994 e por brigas entre os filhos por posse do veículo, resolveu proibir o carro de sair da garagem, ficando assim 100% original e com apenas 3.111km rodados até os dias atuais.
O GTS das fotos abaixo é uma raridade absoluta, que nunca foi restaurado confira: