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Guardada por 40 anos, Yamaha RX 125 ano 1983 é encontrada com 3 mil km rodados

A Yamaha RX 125 foi o modelo básico e intermediário que deu origem a toda a linha RX produzida pela Yamaha entre 1979 e 1985. Além disso, seu motor foi utilizado na Yamaha TT 125, enquanto sua parte inferior foi empregada tanto na Yamaha RX 80 quanto na Yamaha RX 180 Custom e Avant. A RX 125 foi lançada como sucessora da Yamaha RS 125, que foi produzida no Brasil entre 1977 e 1978.

Yamaha RX 125 / Foto: Reginaldo de Campinas
Yamaha RX 125 / Foto: Reginaldo de Campinas

Projetada para passeios urbanos, a RX 125 era utilizada em viagens mais longas sem grandes dificuldades. Seu motor dois tempos confere à motocicleta agilidade e rápida aceleração, sendo que o consumo de combustível varia bastante de acordo com a forma como a motocicleta é conduzida.

A recém descoberta do caçador de raridades automotivas Reginaldo de Campinas, foi justamente uma Yamaha XR 125 ano 1983 com apena 3 mil quilômetros rodados. A moto descoberta pelo famoso caçador de relíquias não está disponível para venda, porém o mesmo registrou imagens deste preciosidade e divulgou nas redes sociais.

A Yamaha RX 125 é equipada com um motor monocilíndrico de dois tempos e refrigeração a ar, com válvula de palheta (Torque Induction), que é capaz de gerar uma potência de 12,5 cv a 7.500 RPM. A lubrificação do motor é feita pelo sistema Autolube, em que o óleo fica armazenado em um tanque próprio de 1,5 litro e a mistura com a gasolina é realizada automaticamente. A transmissão é composta por um câmbio de cinco velocidades, com o sistema universal em que a primeira marcha é para baixa, e as outras são para cima. O escalonamento das marchas é bem projetado, embora o pedal seja um pouco duro e o engate precise ser preciso.

Yamaha RX 125 / Foto: Reginaldo de Campinas

A suspensão dianteira da RX é composta por garfo telescópico com molas helicoidais externas e amortecimento hidráulico até 1981. Após 1982, foi substituída por uma suspensão do tipo Ceriani, com molas internas, mais eficiente. Já a suspensão traseira é por braço oscilante, com molas helicoidais acopladas a amortecedores hidráulicos sem regulagem. De maneira geral, a suspensão da RX 125 é firme, sem ser desconfortável para o condutor e passageiro. Os freios da versão brasileira são a tambor em ambas as rodas, com diâmetro de 130mm na dianteira, oferecendo frenagem suficiente e aumentando a segurança. O diâmetro do tambor na roda traseira é de 130mm.

Yamaha RX 125 / Foto: Reginaldo de Campinas

A manutenção é relativamente simples e um motociclista habilidoso pode fazer a manutenção de rotina utilizando as ferramentas que acompanham a motocicleta. Um problema comum é o pequeno vazamento de óleo na suspensão dianteira, facilmente resolvido com a troca do retentor nacional por um importado. Com uso normal e algumas limpezas, a vela não apresenta maiores problemas e exige poucas trocas.

Yamaha RX 125 / Foto: Reginaldo de Campinas

A RX 125 possui um excelente motor, que oferece um bom torque em baixas rotações, dispensando a necessidade de muitas trocas de marcha. Mesmo viajando a 80 km/h, a moto mantém uma boa reserva de potência e pode atingir velocidades ao redor de 115 km/h. É importante ressaltar que, nas versões até 1981, a suspensão externa das bengalas pode tornar o funcionamento um pouco “rude”, fazendo com que o piloto sinta as irregularidades do terreno.

Yamaha RX 125 / Foto: Reginaldo de Campinas

Alguns aspectos podem ser melhorados, como o fato de o tanque de gasolina não ter tampa com chave, e as chaves do contato e da trava de direção serem diferentes. Além disso, o guidão da RX 125 oferece bom controle da moto em baixas e médias velocidades, mas pode se tornar um pouco cansativo quando a moto está em velocidades mais altas, forçando o motociclista a se apoiar nos braços muito próximos ao corpo.

Yamaha RX 125 / Foto: Reginaldo de Campinas

Em relação ao consumo de combustível, a RX 125 tem um desempenho satisfatório. Quando dirigida com tranquilidade, é possível fazer 40 km/l, enquanto o uso esportivo eleva o consumo para cerca de 20 km/l.

Esse exemplar recém descoberto por Reginaldo é um verdadeiro tesouro, uma relíquia que merece ser exaltada.

 

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