Entre os anos de 1980 e 1990, o Brasil sofria com os efeitos da hiperinflação. A desvalorização do dinheiro era tanta e tão rápida que as pessoas recorriam a estratégias hoje consideradas estranhas para manter ao menos parte do poder aquisitivo – e isso incluía comprar carros zero-quilômetro e mantê-los guardados por muito tempo, praticamente sem uso, para posterior revenda.
Foi o que aconteceu com um caminhão da Mercedes-Benz adquirido novo em 1990 e que, desde então, permanecia guardado e cheio de poeira em um depósito na cidade de Osasco, na Região Metropolitana de São Paulo.
Com apenas 40 km rodados, o Mercedes 1618 com caixa reduzida na cor azul foi parar nas mãos do caçador de raridades Reginaldo Gonçalves, o Reginaldo de Campinas.
Já devidamente higienizado, o 1618 preserva os plásticos nos bancos de tecido xadrez, como se tivesse acabado de sair da concessionária. Volante e painel não têm marcas de uso e também dão a impressão de se tratar de um exemplar novinho – não fosse o fato de ter sido produzido há 31 anos.
Fonte: Alessandro Reis / UOL Carros