Considerado um dos lançamentos mais aguardados da RAM nos últimos anos, o projeto que dará origem à nova picape média da marca no Brasil está com trabalhos bastante adiantados. Tanto é que as primeiras unidades já serão montadas em novembro na fábrica de Goiana (PE), onde será concentrada a produção. A operação será uma espécie de validação e permitirá que a equipe de engenharia avalie o funcionamento de todos os processos.
Conforme explica o site Auto+, toda a fábrica pernambucana será paralisada para realização da ação, que indica estágio intermediário no andamento do projeto. Apenas em um segundo momento, depois de concluído todo o desenvolvimento, é que a picape ganhará as linhas de montagem para produção em série, dividindo espaço nas instalações com Jeep Renegade, Compass e Commander, além da prima Fiat Toro.
Diferente das rivais, a construção será do tipo monobloco e acompanhará o esquema já visto nas menores Toro e Ford Maverick, por exemplo. A concorrência usa estrutura de carroceria sobre chassi, bem mais robusta, mas a RAM acredita que não será necessário seguir por esse caminho. O Commander, por exemplo, tem estrutura monobloco e disputa clientes em pé de igualdade com rivais do segmento D de SUVs que usam chassi, como Toyota SW4 e Mitsubishi Pajero.
O projeto é conhecido internamente pelo codinome 291, mas o nome da picape ainda não foi revelado. Especulações indicam que a RAM poderá adotar o batismo 1200, seguindo o padrão dos modelos maiores, ou ainda resgatar a alcunha Dakota, usada anos atrás em conhecida picape da Dodge.
Independentemente do nome, é certo que a nova picape chegará ao mercado com posicionamento estratégico e a missão de reforçar o portfólio de caminhonetes do grupo Stellantis no Brasil, considerado um dos mais diversificados do país. A gama começa com a Fiat Strada e passa por Fiat Toro, chegando a modelos maiores como Jeep Gladiator, RAM Classic, RAM 1500, RAM 2500, RAM 3500 e, em breve, Peugeot Landtrek.
Sob o capô, a futura Dakota/1200 adotará motores inéditos no mercado brasileiro. O primeiro será um 2.0 turboflex, com quatro cilindros e potência na casa dos 200 cv. Já o segundo será um 2.2 turbodiesel, já usado em modelos Stellantis vendidos na Europa, e também com potência em torno de 200 cv. A tração será 4×4, com acionamento eletrônico. Estes motores, vale lembrar, também serão usados pelo Commander em substituição aos propulsores atuais.
Fontes: Dyogo Fagundes/Motor1 e Auto+