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Novo Golf GTE 2020 que faz mais de 62 km com 1 litro de gasolina é flagrado no Ceará

Talvez você não saiba, mas carros de teste costumam ir longe, muito longe mesmo. Testes de frio são feitos nas montanhas, a resistência ao calor intenso é colocada à prova em estados mais quentes, sem falar nas pistas de testes Brasil afora. A prova disso é o flagra do Volkswagen Gol GTE feito pelo leitor Vitório Junior em Fortaleza, Ceará.

O olhar atento do fotógrafo fez a diferença. Além das placas verdes de testes, o Golf GTE estava plugado na tomada em um posto de recarga — o plug de recarga fica escondido pelo símbolo da VW na grade. Ao lado dele, um microcarro elétrico compartilhado da empresa Vamo.

Ao contrário do seu pequenino companheiro de tomada, o Golf é uma versão híbrida do tipo plug-in. Isso significa que ele tem motor elétrico mais potente e um pack de baterias maior. Graças a esses dois elementos, o hatch médio é capaz de rodar até 50 km somente na eletricidade.

VOLKSWAGEN GOLF GTE FOI FLAGRADO PELO LEITOR VITORIO JUNIOR (FOTO: VITORIO JUNIOR/AUTOESPORTE)

Aqui, cabe uma ressalva: os híbridos convencionais rodam cerca de dois quilômetros neste modo — o motor elétrico está lá mais para auxiliar o convencional do que para mover o carro sozinho.

Se você ainda não viu vantagem, espere para ver o desempenho e economia. O propulsor a combustão é o mesmo 1.4 TSI de 150 cv e 25,5 kgfm usado por alguns modelos da Volkswagen no Brasil. Por sua vez, o motor elétrico gera 102 cv e 35,7 kgfm. Eles nem precisam usar toda a sua potência e torque: a cavalaria combinada é de 204 cv.

O desempenho não fica tão distante do GTI. Se o hot hatch faz o zero a 100 km/h em 6,6 segundos, o híbrido GTE alcança o mesmo em 7,6 s e chega aos 222 km/h, um pouco distante dos 237 km/h do GTI. Convenhamos, o torque estúpido e instantâneo do motor elétrico deve ser suficiente para jogar o seu corpo contra o banco.

GOLF GTE FOI CLICADO ENQUANTO ABASTECIA EM UM PONTO DE RECARGA (FOTO: VITORIO JUNIOR/AUTOESPORTE)

De qualquer forma, esse segundo a mais vai ser compensado no consumo quase abstêmio. Se você pisar muito, talvez a economia não passe de 22 km/l. Porém, ao utilizar o modo elétrico na maior parte do tempo, o mesmo número passa a 66 km/l. Mesmo com um tanque de 40 litros (bem menos que os 51 litros do GTI), a autonomia máxima chega a 970 km.

A própria VW vende o Golf GTE como um esportivo híbrido. A aproximação com a sigla GTI é calculada — a marca faz o mesmo com o GTD turbodiesel. E o pacote visual não é diferente: há dupla saída de escape e rodas aro 18. Mas o GTE traduz alguns elementos tradicionais do GTI para deixar claro que ele é uma versão ecológica. Os filetes vermelhos cedem lugar aos azuis, mesmo tom presente no estofado xadrez estilo Clark.

ESTOFAMENTO CLARK TEM LINHAS AZUIS, TOM REPETIDO NO FILETE DA “GRADE” (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Esse jeito frugal compensa no posto o preço de etiqueta do GTE: o carro vir na faixa do GTI (R$ 151.300) ou até mais caro. De qualquer jeito, o novo VW tem chances de ser o híbrido plug-in mais barato do seu mercado.

A importação do GTE já havia sido confirmada por Pablo di Si, presidente da Volkswagen para América do Sul e central, Caribe e Brasil. Na mesma ocasião, o executivo confirmou também que o e-Golf, a versão elétrica do hatch médio.

A questão é que a oitava geração do Golf está próxima de ser lançada na Europa. A novidade deve estreiar em outubro desse ano. Atualmente, o Golf é produzido no Brasil apenas na versão GTI, mas não sabemos por quanto tempo. A nova encarnação deve vir apenas como importada.

Foto: AutoEsporte
Foto reprodução
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Com informações de Julio Cabral/Revista Auto Esporte

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