Popular em mercados asiáticos, africanos e no Oriente Médio, a nova geração do Ford Everest (SUV da Ranger), derivado da nova pickup Ford Ranger, pode decretar o fim do longo reinado do Toyota SW4 no Brasil.
A terceira geração do Everest foi lançada para expandir sua presença em diversos mercados, incluindo o Brasil, Argentina, Nova Zelândia Austrália.
Ford Ranger e Everest compartilham muitos aspectos em comum, como plataforma, mecânica e componentes. Lançado em Setembro do ano passado em alguns mercados, o novo Ford Everest tem conquistado cada vez mais espaço no mercado global. Ainda não existe previsão para a sua chegada ao Brasil, porém se considerarmos que o consumidor brasileiro ama esse tipo de carro, a toda poderosa SW4 tem sérios motivos para se preocupar.
No mercado global, os principais rivais do Ford Everest incluem outros SUVs baseados em picapes, como o Isuzu MU-X, Toyota SW4 e Mitsubishi Pajero Sport e Chevrolet Trailblazer. Esses veículos compartilham muitos aspectos semelhantes com o Everest, como tamanho e capacidade off-road.
O interior do Ford Everest vem com uma central multimídia de tela de 10,1 polegadas, que é atualizada para 12 polegadas na versão topo de linha. Essa tela é posicionada na vertical, o que torna mais fácil para o motorista visualizar e acessar as informações e funções. Além disso, o painel de instrumentos também oferece uma tela de 8 polegadas na opção básica ou de 12,4 polegadas na versão topo de linha, permitindo que os motoristas acessem informações importantes com facilidade. Isso inclui informações de navegação, status do veículo e muito mais.
O SUV é extremamente versátil, ele é equipado com tração 4×2, 4×4 e capacidade de rebocar até 3.500 kg. Além disso, vem com uma série de recursos de segurança, incluindo nove airbags, câmera de ré, frenagem de emergência, sistema de prevenção de acidentes, alertas de pontos cegos, alerta de tráfego cruzado traseiro, faróis automáticos e sensores de estacionamento dianteiro e traseiro. O carro também conta com itens de conforto, como teto solar duplo, sistema de som B&O Premium com 12 alto-falantes, câmera de 360 graus, bancos e volantes aquecidos, entre outros equipamentos.
Sob o capô, o Ford Everest pode ser equipado com dois tipos de motores: um motor 2.0 litros biturbo diesel que entrega 210 cavalos-vapor (cv) e 51 quilograma-força-metro (kgfm) de torque, ou um motor 3.0 litros V6 turbodiesel que gera 250 cv e 61,2 kgfm de torque. Ambos os motores são acoplados a um câmbio automático de dez velocidades. Além disso, tendo em vista a produção na Argentina, onde o motor 3,2 litros turbodiesel é fabricado para a Ranger, este pode ser uma opção para o Ford Everest na América do Sul.
Recentemente o carro acabou de ganhar o Wildtrak. O kit é um acabamento bastante popular da picape Ford Ranger, mas ainda não havia se tornado disponível no SUV Everest. Isso mudou em 2023, pelo menos na Nova Zelândia, onde a Ford revelou o primeiro Everest Wildtrak.
O Wildtrak amplia a gama Everest, posicionando-se como uma opção intermediária entre o modelo Trend e o luxuoso Platinum. Com uma estética aventureira e uma série de equipamentos de série, ele é ideal para aqueles que procuram um veículo versátil e sofisticado. Além disso, é posicionado logo abaixo do topo de linha Platinum, oferecendo uma excelente relação custo-benefício.
O novo Ford Everest Luxo amarelo, agora disponível, apresenta um design atualizado e refinado, combinando o tom Luxe Yellow com detalhes em Bolder Grey. Ele conta com a grade específica da Wildtrak, para-choque dianteiro, degraus laterais com inserções em aço, trilhos de teto em liga leve e rodas de liga leve de 20 polegadas que o diferenciam dos demais acabamentos. Além disso, as letras pretas Wildtrak podem ser encontradas no capô, nas portas dianteiras e na traseira, destacando ainda mais o visual do veículo.
A Ford encerrou suas operações fabris no Brasil em 2021, o que causou críticas. No entanto, após longos anos de prejuízos, em 2022, como importadora de veículos, a companhia registrou um lucro recorde de mais de 300 milhões de dólares, ou mais de R$ 1,5 bilhão, na América do Sul. A chegada do novo Ford Everest, que pode ser importado da Argentina, caso realmente seja produzido no país vizinho, pode ser a oportunidade de ouro para a empresa resgatar seu prestígio com os consumidores brasileiros e solidificar seu sucesso no mercado nacional.