Temos a certeza que você já quis saber o que aconteceria se engatasse a marcha à ré com o carro em movimento. Mas certamente não teve coragem de fazer o teste prático com medo das consequências.
Para sua alegria, os caras do AutoVlog fizeram o teste em um Ford Fusion com câmbio automático a aproximadamente 110 km/h. Se estiver ansioso para saber o que acontece, vale pular o vídeo para 1:40.
Os momentos de tensão do motorista ao passar o câmbio de “Drive” para “Neutro” são seguidos de um grande e aterrorizante nada ao passar a alavanca para “Ré”. Na verdade, o que acontece é que a câmera de ré passa a funcionar. E mais nada.
Claro que é um tanto assustador ver o teste sendo feito em via pública e em alta velocidade mas, por sorte, há algumas décadas os câmbios automáticos possuem sistema de salvaguarda, seja mecânico ou elétrico, que evita que a ré seja acionada com o carro em movimento – isso ocorre apenas em velocidades muito baixas.
Vale lembrar também que a grande maioria dos carros com câmbio automático têm trava que evita que a alavanca corra para “R” ou “P” inadvertidamente, em um esbarrão por exemplo.
E em um câmbio manual?
Para carros com câmbio manual não chega a ser impossível engatar a ré com o carro em movimento, mas você precisa estar realmente disposto a moer anéis e engrenagens da transmissão do seu carro.
Dentro do câmbio, há uma árvore que recebe o movimento do motor com a engrenagem para a ré e uma outra árvore que envia o movimento para as todas. Ao engatar a ré, uma engrenagem conecta as duas árvores e o carro inverte seu sentido.
A questão é que com o carro em movimento a engrenagem tentará acoplar uma das árvores ainda em movimento. Você ouvirá e sentirá na alavanca as engrenagens arranhando – e acreditamos que isso será suficiente para que desista de fazer isso. Mas, dependendo do câmbio, pode ser possível que haja acoplamento ao forçar a alavanca. E aí as engrenagens do câmbio serão reduzidas a limalha de aço. (Com informações de Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)