Na hora de comprar um carro, além de buscar pelos rankings de carros com melhor desempenho, é importante também buscar referências o longo do tempo. Cortar da lista de pretensões os piores carros do Brasil, já é um bom começo.
Na sua pesquisa, você vai se deparar com alguns rankings que parecerão mais ou menos justos, de acordo com os critérios. O fato é que há carros que, por diferentes motivos, se tornaram um verdadeiro “encosto” para quem os adquiriu, e muitos permanecem sem grande uso nas garagens, ou estão encalhados nas concessionários que revendem usados.
Piores carros do Brasil
A nossa lista de “piores” vem entre aspas porque não queremos cometer injustiças. Sabemos que em alguns casos citados, se fossemos considerar apenas a ficha técnica, eles não mereceriam estar entre os piores carros do Brasil, mas entram na lista por critérios de mercado. Por exemplo, há carros muito bons na lista, mas que por terem peças muito difíceis de encontrar tornaram-se um grande problema para o dono. Nossa lista começa com um carro mais ou menos assim, bom tecnicamente, mas…
Fiat Marea
O Fiat Marea parece fazer parte daquele time “seleto” de carros problemáticos da montadora italiana, como o Tempra e a Tipo. Tal fama é verdadeira, pois é fato que quando o Marea tem sua correia dentada rompida, necessita de ter seu motor completamente retirado para que se faça a troca.
Outra discrepância do Marea é que a sua versão de lançamento em 2005, tinha motor 2.4 de 160 cv e câmbio automático, mas de apenas 4 marchas. Além disso, numa época em que os motores flex ainda não eram tão difundidos, um carro a gasolina que só fazia 8 km/l na cidade pode ser considerado um beberrão.
Seat Córdoba
Novamente temos um caso de carro que entrou para a inglória lista dos piores carros do Brasil, não porque fosse ruim, mas por outros fatores não relacionados ao seu desempenho e estrutura. O maior problema dos carros da espanhola Seat era o preço de suas peças e da assistência técnica, que tornava proibitivo o seu custo de manutenção.
Isso se deve a uma espécie de boicote da Volkswagen, que revendia os carros em suas concessionárias, deixando-os de lado propositalmente, para não fazer concorrência com seus modelos, em boa parte piores que o sedan espanhol.
Fiat Tipo
O Fiat Tipo ficou marcado pelo famoso problema de incêndios, um problema nas mangueiras do sistema hidráulico da direção fazia com que o fluido altamente inflamável fosse despejado no compartimento do motor e fizesse com que o carro começasse a pegar fogo. Lançado em junho 1988, até 1991 foi disponibilizado com diversas opções de motorização com potência que variava de 57 até 146 cv de motores a gasolina 1.1, 1.4, 1.6, 1.7, 1.8, 1.8 16v, 2.0, e 2.0 16v, bem como 1,7 e 1,9 diesel e 1,9 turbodiesel. O motor mais básico era o 1.1 L, considerado como fraco para o carro; mas o modelo mesmo assim oferecia grande espaço e equipamentos acima da média. O título de top de linha da gama ficava com o Sedicivalvole 2.0 (16V), lançado em 1991.
Em 1993, o Tipo passou por um facelift, ganhou uma versão três portas e, em 1994, passou por melhorias de segurança, com a inclusão de airbag para o motorista e barras de proteção nas laterais do interior.
A produção do Tipo foi encerrada no verão de 1995, tendo como substituto o Fiat Bravo de três portas e o Fiat Brava de cinco portas. O seu derivado, Fiat Tempra, também fora descontinuado e substituído pelo Fiat Marea. O Bravo e Brava alcançaram excelentes vendas em toda a Europa e Brasil, mas o Marea acabou sendo uma decepção na maioria dos mercados.
Citroen Xantia
Ok, o Xantia é até um carro mais premium, bem acabado e razoavelmente equipado, mas, como boa parte dos carros das montadoras francesas, peca por ter manutenção difícil e cara.
Como tem uma tecnologia relativamente alta para um carro de sua época, seus sofisticados componentes fazem com que sua aquisição torne-se uma via crucis, por isso, é vendido a preços estranhamente baratos para um carro do seu porte.
E você, acrescentaria ou retiraria algum modelo da lista?