Os 7 Gols da Volkswagen mais marcantes de todos os tempos

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A liderança já se foi há quatro anos, mas uma coisa ninguém pode tirar do Gol: seu poder de engajar o público em opiniões – para o bem ou mal. Modelo mais vendido da história da Volkswagen no Brasil e campeão de vendas por 27 anos consecutivos, o hatchback acaba de sofrer mais uma reestilização na tentativa de recuperar o prestígio perdido.

Ainda é cedo para cravar se o Gol voltará a ser o campeão de outrora. Enquanto isso, que tal relembrar sete versões marcantes do artilheiro da VW?

Gol GT 1.8 (1984)

Com 99 cv declarados, o motor 1.8 a água fazia o GT andar forte  (/)

A primeira versão esportiva do Gol nasceu em 1984. Ao contrário das versões mais mansas refrigeradas a ar, o modelo trazia o motor 1.8 refrigerado a água que era utilizado no Passat. Com comando de válvulas do Golf europeu, ele rendia bons 99 cv (especula-se que a potência era maior, mas que o número declarado era este para beneficiar-se do IPI menor) e torque máximo de 14,9 mkgf. Por fora, o GT tinha um par de faróis auxiliares, rodas de liga leve e um nada discreto emblema “GT” colado no vidro traseiro. Resistiu no mercado até 1987, quando foi substituído pelo reestilizado GTS.

Gol GTS 

Sucessor do GT, o GTS tinha itens que seriam aproveitados no GTi  (/)

Ao contrário do que muita gente pode pensar, o GTS não era apenas o esportivo para quem não tinha grana para comprar um GTi – até porque ele chegou antes da versão mais nervosa. Lançado em 1987, o modelo tinha o visual atualizado lançado naquele ano, mas com a mesma mecânica do antigo GT. Aerofólio e rodas, aliás, eram os mesmos do futuro GTi. O motor 1.8 de 99 cv declarados (na prática a potência passava dos 100 cv), levando o Gol aos 100 km/h em 11 segundos, atingindo a velocidade máxima de 166 km/h.

Gol GTi (1989)

Foto reprodução

Parece estranho dizer que um Gol foi a grande estrela do Salão do Automóvel de 1988. Mas não era um Gol qualquer: além de trazer debaixo do capô o motor Ap-2000 do Santana, o GTi foi o primeiro veículo nacional a sair de fábrica com injeção eletrônica. O visual era um capítulo à parte, com uma bela combinação de carroceria azul com a parte inferior cinza, rodas de liga leve de 14 polegadas “pingos d’água”, aerofólio traseiro e os belos bancos esportivos Recaro. O desempenho exemplar (aceleração de 0 a 100 km/h em 10,4 segundos e velocidade máxima de 174 km/h) fez dele o carro mais rápido à venda no Brasil naquela época.

Gol GTI 16V (1995)

A bolha no capô era exclusiva desta versão  (/)

O design arredondado não foi o único motivo do sucesso da segunda geração do Gol. A radical versão GTI 16V trazia tecnologia de ponta ao modelo mais popular da VW. Embora fosse desenvolvido aqui, o motor 2.0 tinha alguns componentes importados, como bloco Audi, caixa de câmbio do Audi A4 e cabeçote emprestado do Golf 1.8. Tudo isso resultou em 141 cv, a maior potência de um Gol original de fábrica. Externamente, o GTI 16V era identificado pelas rodas de liga leve de 15 polegadas, kit aerodinâmico exclusivo e principalmente pela bolha no capô, projetada para acomodar o motor mais alto. Nosso teste indicou aceleração de 0 a 100 km/h em 10,4 segundos e velocidade máxima de 203,2 km/h, um recorde para o Gol.

Gol Turbo (2001)

A turbina fazia a potência saltar de 69 para 112 cv  (/)

Os populares respondiam pela maioria esmagadora das vendas quando a VW fez uma aposta ousada: turbinar um carro 1.0. Por trás da estratégia havia a jogada de aproveitar a menor tributação do IPI para modelos com motor de até 1-litro, lançando um Gol capaz de andar como um 1.8. A potência saltava de 69 cv para 112 cv, fazendo o compacto ir de 0 a 100 km/h em respeitosos 10,6 segundos e atingir a velocidade máxima de 190,3 km/h. Apesar de promissor, o Gol Turbo teve vida curta, saindo de cena poucos anos depois por conta das baixas vendas.

Gol Total Flex (2003)

Pioneiro na tecnologia bicombustível, o Gol Total Flex estreou apenas com motor 1.6 (/)

Ninguém falava em tecnologia bicombustível quando a VW apresentou o primeiro carro brasileiro a rodar com álcool ou gasolina. O responsável pela primazia foi o Gol Total Flex, que permitia o veterano motor AP-1600 beber qualquer proporção dos dois combustíveis. Nos anos seguintes, os carros bicombustíveis se difundiriam pelo país.

Gol Vintage (2011)

O Vintage teve apenas 30 unidades fabricadas  (/)

A terceira geração (e atual) do Gol não teve tantas séries especiais quanto as anteriores. Mas uma delas foi disputada por colecionadores: a Vintage homenageava os 30 anos do Gol e teve apenas 30 unidades produzidas, todas pintadas na cor branca. Cada uma delas saía de fábrica com adesivos exclusivos, interior revestido em couro com detalhes brancos, rodas de liga leve de 16 polegadas. Dentro do porta-malas havia um presente especial: uma guitarra Tagima personalizada nas cores do veículo.

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