Os “quadrados” da Volkswagen são carros muito procurados por entusiastas de todo canto do País — você pode ser fã deles ou simplesmente odiá-los, mas não dá para contestar sua popularidade. Talvez você mesmo esteja procurando um neste exato momento, e as opções são inúmeras: um exemplar em estado razoável com mecânica boa para usar como daily driver; um modelo especial raro, restaurado ou não, para realizar um sonho antigo; ou mesmo um project car já pronto, só para curtir.
Nosso Achado meio Perdido de hoje é um pouco de tudo isto: trata-se de um Volkswagen Gol Star 1989, na bela tonalidade Vermelho Tornado, que pertence a Rodrigo Pulita, de Caxias do Sul — um carro de versão rara, impecavelmente restaurado e dotado de um motor AP 1.9 com turbo e quase 400 cv. Vai encarar?
Os “quadrados” da Volkswagen são carros muito procurados por entusiastas de todo canto do País — você pode ser fã deles ou simplesmente odiá-los, mas não dá para contestar sua popularidade. Talvez você mesmo esteja procurando um neste exato momento, e as opções são inúmeras: um exemplar em estado razoável com mecânica boa para usar como daily driver; um modelo especial raro, restaurado ou não, para realizar um sonho antigo; ou mesmo um project car já pronto, só para curtir.
O Gol Star foi uma das séries especiais da primeira geração do VW Gol. Fabricado apenas em 1989, o Gol Star tinha visual diferenciado e motor de 1,8 litro com carburador Solex 2E vindo do Gol GTS, que também cedia os freios, câmbio e escape com silencioso de ponteira dupla. Grade do radiador e retrovisores externos eram pintados na cor da carroceria, que podia ser branca ou vermelha e trazia adesivos alusivos à versão nos para-lamas dianteiros e na tampa do porta-malas, além de borrachões laterais com frisos brancos (estes, também aplicados aos para-choques).
O interior tinha o painel mais simples (não era o famoso painel “satélite”), mas o cluster tinha conta-giros e relógio digital, como no Gol GTi. Os bancos eram iguais aos das versões CL e GL, porém com revestimento especial, com detalhes em vermelho e o logo “STAR 1.8” nos encostos dianteiros. Os equipamentos básicos eram desembaçador, lavador e limpador traseiro e ar quente. As rodas eram de 13 polegadas com calotas brancas, mas era comum que se optasse pelas clássicas “pingo d’água” de 14 polegadas na hora de escolher os opcionais — que também incluíam faróis auxiliares no para-choque dianteiro e o famoso volante “quatro bolas” visto no Santana e no Gol GTi.
Por mais que não seja uma versão esportiva (está mais próximo de um Gol CL um pouco mais completo), o Gol Star é uma versão bastante desejada pelos fãs dos VW da família BX — acredita-se até que seja um carro mais raro de encontrar atualmente do que a dupla GTi/GTS.
Rodrigo teve a sorte de encontrar um exemplar bem conservado no fim de 2012 e o levou para casa — e o plano inicial já era restaurar o carro com capricho e preparar o motor. Foi um trabalho que durou quase dois — o carro ficou pronto, carroceria e mecânica, em meados de 2014.
O dono garante que, literalmente, nem um parafuso foi poupado na restauração — ainda que o carro já fosse bastante íntegro, todos os detalhes foram recuperados utilizando apenas componentes originais. Claro, foram feitas algumas modificações importantes.
A começar pelo motor, que teve o deslocamento ampliado para 1,9 litro e recebeu pistões e bielas forjados, comando Carlini de graduação mais agressiva, cabeçote retrabalhado e um turbocompressor Biaggio .50/.48. A alimentação agora fica por conta de uma injeção Fueltech FT350 e quatro injetores Bosch de 210 lb, com bomba de 12 bar. O câmbio é um HG, todo com peças forjadas e bloqueio de 80% da 1ª à 5ª marchas. Tudo foi montado na oficina gaúcha Doug’s Speed Shop, de Caxias do Sul — a mesma daquela Chevrolet SS10 com motor de Corvette.
O visual do carro não é totalmente original: a suspensão foi rebaixada e as rodas agora são BBS de 17×7,5”, calçadas com pneus de medidas 195/40 novos em folha. No interior, com exceção dos mostradores no console central, tudo foi feito como se fosse de fábrica. Dito isto, diríamos que a personalização tem muito bom gosto e que o carro não aparenta os 397 cv (nas rodas, aferidos em dinamômetro) que produz.
A pedida é de R$ 48 mil. Considerando que há exemplares do Gol de primeira geração totalmente originais se aproximando deste valor (ou até mesmo ultrapassando), a raridade do modelo, o excelente estado de conservação e a preparação mecânica, diríamos que é um valor justo. E é negociável!
Se você se interessou, pode entrar em contato com Rodrigo pelo email rodrigo@saviplast.com.br.
Fonte: Dalmo Hernandes/FlatOut