A montadora romena S.C. Automobile Dacia S.A., tradicionalmente conhecida como Dacia, possui uma história rica, especialmente considerando que pertence a um antigo país da era soviética. A empresa tem uma longa tradição de colaboração com as partes ocidentais da Europa, muito disso graças à Renault, que tem desempenhado um papel significativo em sua história e desenvolvimento.
Quando a S.C. Automobile Dacia S.A. foi estabelecida em 1966, era uma empresa estatal sob a liderança de um governo “amigo” da Rússia comunista. Apesar disso, a fábrica localizada na área de Pitesti nunca produziu carros com o estilo soviético e, em vez disso, concentrou-se na fabricação dos modelos Renault 8 e 12 sob licença. Essa decisão provou ser um marco para a empresa, estabelecendo uma sólida base de influência francesa que culminou na aquisição da montadora pelo Grupo Renault em 1999.
Atualmente, a Dacia é a maior empresa da Romênia em termos de receita e exportações e tem se destacado como a estrela em ascensão do Grupo Renault. Com vendas combinadas em janeiro e fevereiro de 2023 nas regiões da UE, EFTA e Reino Unido quase empatadas (93.149 unidades da Dacia versus 92.745 unidades da Renault), não é surpresa que a indústria automotiva esteja acompanhando de perto os movimentos da Dacia.
Recentemente, a Dacia tem se concentrado em oferecer novidades para os amantes de aventuras ao ar livre com sua linha “InNature”, que inclui uma série de acessórios para uso fora de estrada. Além disso, rumores sobre o próximo SUV crossover emblemático da marca, o Dacia Bigster 2025, finalmente foram confirmados: ele será construído sobre a moderna arquitetura CMF-B do Grupo Renault.
De acordo com Aurel Niculescu do site Auto Evolution, há uma grande possibilidade de que o herói da marca, o SUV subcompacto Dacia Duster que no Brasil é vendido como Renault Duster, que foi recentemente flagrado em testes na Espanha, também seja construído com base na arquitetura CMF-B. A linha de veículos off-road da Dacia inclui uma variedade de modelos, desde SUVs até picapes simples, como o Duster Pick-Up, e cabine dupla de quatro portas, como o Renault Oroch. Dependendo da região, esses modelos também são conhecidos por outros nomes.
Embora na maior parte da Europa o SUV subcompacto seja comercializado sob a placa de identificação Dacia Duster, a empresa-mãe o renomeou como Renault Duster em outras regiões, incluindo América Latina, Rússia, Ucrânia, Ásia, Oriente Médio, África do Sul e Nova Zelândia. Na primeira geração, o modelo até foi vendido como Nissan Terrano na Índia e nos estados membros da CEI. Apesar da variação de nomes, o modelo é facilmente reconhecido em qualquer lugar. A terceira geração do Duster, que já foi inclusive flagrada em testes na Europa promete muitas novidades. O famoso Kleber Silva, artista virtual brasileiro conhecido como KDesign AG nas mídias sociais, decidiu usar a CGI para imaginar as próximas iterações do SUV Duster nas versões Dacia e Renault, que apresentam amplas suaves diferenças entre si. O Dacia Duster mantém sua semelhança familiar com o novo ethos de estilo e recebe inspiração do conceito Bigster.
Assim como outras representações hipotéticas, é possível imaginar que o terceiro Duster será comercializado como uma versão miniatura do Bigster, incorporando todos os elementos de design inovadores introduzidos na recente reinvenção da marca. Enquanto isso, seu irmão, o Renault Duster, apresenta basicamente o mesmo perfil e corpo de metal, mas com alterações na frente e na traseira para integrar-se melhor com outros modelos da França, como o compacto Renault Austral e o carro elétrico Megane E-Tech.