A história da Volkswagen Parati é uma jornada fascinante que abrange três décadas e reflete a evolução da indústria automobilística brasileira. Fabricada pela Volkswagen entre os anos de 1982 e 2012, a Parati foi um veículo projetado para preencher um nicho de mercado deixado pela saída da Variant II. No entanto, seu nome não foi escolhido por acaso, pois “Parati” é uma palavra genuinamente brasileira que faz referência a uma cidade histórica do estado do Rio de Janeiro. Esse nome era perfeitamente adequado para um carro do tipo perua, destinado a passeios e turismo.
No início da década de 1980, a Volkswagen do Brasil tomou uma decisão estratégica ao iniciar a construção de uma nova fábrica em Taubaté, no estado de São Paulo. Isso marcou o início da produção da chamada Família BX, que incluía modelos icônicos como o Gol, o Voyage, a Parati e a Saveiro. A Parati desempenhou o papel de station wagon da família, e era equipada com um motor MD 1.5 de quatro cilindros em linha, refrigerado a água. A introdução da Parati também coincidiu com o fim da produção da VW Variant II, que tinha tido pouco sucesso comercial e já havia sido retirada de linha no início daquele ano.
No entanto, a história da Parati não parou por aí. Em 1996, a segunda geração do modelo recebeu uma reestilização que seguiu o desenho arredondado introduzido no Gol. O lançamento da versão vermelha da Parati foi um destaque, com a Volkswagen buscando conferir ao carro um apelo esportivo mais pronunciado para atrair um público mais jovem. Embora ainda fosse oferecida apenas na versão de 2 portas, agora contava com uma porta traseira adicional. Sua versão GLS se destacava com um motor 2.0 de 109 cv de potência e injeção eletrônica FIC (Ford). Além disso, a Parati passou a ser equipada com direção com assistência hidráulica, atendendo a uma antiga demanda dos consumidores por mais conforto e dirigibilidade.
Recentemente, o famoso caçador de raridades automotivas, Reginaldo de Campinas, fez uma descoberta extraordinária ao encontrar uma Parati GLS 1997 em estado impecável, com um motor 2.0 Mi de 120cv praticamente original de fábrica, apesar de já ter percorrido 50 mil quilômetros. Essa Parati vermelha de duas portas, com câmbio mecânico, é uma verdadeira preciosidade, uma joia automobilística que carrega a marca registrada de Reginaldo. Convidamos você a apreciar todos os detalhes dessa maravilha automotiva nas imagens abaixo, que são um tributo à longa história da Parati e à paixão de colecionadores por veículos clássicos como este.