O Chevrolet Opala Caravan foi um dos carros mais icônicos da indústria automobilística nacional. Porém não podemos falar do Caravan sem antes lembrar do Opala. Durante o desenvolvimento de um sedã de luxo pela Ford, baseado no Galaxie americano, a General Motors reagiu apenas após o lançamento do Galaxie brasileiro no V Salão do Automóvel de São Paulo, em 1966.
Para acelerar o processo de criação, a GM utilizou como base o Opel Rekord Série C, lançado na Alemanha em 1967. No entanto, surgiu o primeiro obstáculo: o sistema métrico de medidas utilizado no projeto alemão não era compatível com o sistema imperial adotado pela GM no Brasil. Para aproveitar as peças e a motorização já existentes no país, a GM adotou uma solução incomum para o novo modelo: a metade traseira do carro foi baseada no Rekord, com peças construídas no sistema métrico, enquanto a metade dianteira foi baseada em projetos do Chevrolet Impala americano, construídas no sistema imperial. Essa adoção de dois sistemas em um único projeto exigiu que a GM mantivesse duas linhas de montagem para o novo veículo, um problema que só foi resolvido em 1979, quando o sistema métrico foi finalmente adotado no Opala.
A escolha do motor foi uma adaptação do Chevrolet Stovebolt, que já estava em uso desde 1929 e estava desatualizado na época. Posteriormente, algumas versões do Opala ofereceram como opcional o novo motor Chevrolet Turbo-Thrift. Os motores de seis cilindros (mais tarde houve uma versão de quatro cilindros adaptada do bloco original de seis cilindros) foram adaptados à carroceria do Rekord, com peças do Impala. Ao longo de sua vida útil, o motor enfrentou um problema crônico de vazamento de óleo. Como o custo de resolução era semelhante ao desenvolvimento de um novo motor, a GM optou por ignorar esse problema até o fim da produção do Opala. Outras questões relacionadas ao veículo incluíam consumo excessivo de combustível, vibrações do motor de quatro cilindros e problemas de equalização do conjunto de cilindros.
O projeto 676 levou cerca de dois anos para ser concluído e foi apresentado na abertura do VI Salão do Automóvel de São Paulo, em 23 de novembro de 1968, como linha 1969.
O Opala foi fabricado por 23 anos e cinco meses na cidade de São Caetano do Sul, localizada na Região Metropolitana de São Paulo. Durante esse período, o veículo passou por atualizações estéticas e mecânicas, mas manteve o projeto original até 16 de abril de 1992. Ele estava disponível em duas opções de motorização, com quatro ou seis cilindros, ambos carburados, em versões básicas, luxuosas e esportivas. O Opala é considerado um veículo robusto e confortável, oferecendo um bom espaço para os ocupantes.
O projeto original do Opala nunca passou por grandes alterações, mantendo a mesma linha de design lateral e motorização ao longo de sua produção. Mais de um milhão de unidades foram produzidas. O veículo foi sucedido pelo Omega, também projeto da Opel.
Desde o lançamento do Opala, a Chevrolet tinha planos de desenvolver uma versão perua, que ficou conhecida como Caravan. No entanto, essa versão só foi introduzida em 1975, quando a linha Opala passou por uma reestilização mais abrangente. A Caravan oferecia as mesmas opções de motores e acabamentos disponíveis, incluindo a versão esportiva SS, que foi lançada em 1978. Diferentemente dos modelos de duas e quatro portas, a Caravan não recebeu a versão Diplomata em 1980, quando foi lançada, mas somente cinco anos depois.
Embora tenha sido cogitada a produção de uma versão de quatro portas, ela nunca chegou a ser fabricada em série. No entanto, a empresa Sulam, em colaboração com a Concessionária Guaporé, desenvolveu uma modificação com quatro portas para a Caravan, embora tenham sido produzidas apenas algumas unidades desse modelo. Nessa época, o concorrente direto da Caravan era o Volkswagen Santana Quantum.
Robert Ramos (Robert Design), um renomado projetista brasileiro, natural de Minas Gerais, que ganhou reconhecimento por suas incríveis criações no mundo automotivo recriou essa lendária Caravan da Chevrolet. Desde muito jovem, aos 16 anos, ele demonstrou sua paixão pelo design gráfico e pelos carros, dedicando seu tempo livre para desenhar veículos no Photoshop.
O talento de Robert começou a chamar a atenção devido à qualidade excepcional das recriações modernizadas que ele produziu de clássicos nacionais, como o VW SP2, Karmann-Ghia, Puma, Fusca, Opala e Chevette. Suas habilidades impressionantes e sua capacidade de transformar esses ícones automotivos em versões atualizadas e estilizadas conquistaram a admiração de entusiastas de carros em todo o mundo.
Graças ao seu trabalho criativo e apaixonado, Robert Design se tornou uma figura respeitada no mundo do design automotivo, ganhando fama internacional. Suas criações únicas e habilidades excepcionais fazem dele um dos principais nomes quando se trata de reimaginar e dar uma nova vida aos clássicos automotivos brasileiros.