A história do Fiat 147 começa na Itália, em 1971 com o lançamento do Fiat 127. Um pequeno carro italiano que conquistou a Europa. O 147 foi o responsável por dar início às atividades da Fiat no Brasil, e fez isso com imensa propriedade.
Fiat 127
O veículo foi apresentado em 1971 com um mini carro. Medindo apenas 3,29 metros de comprimento e 1,53 de largura, era o carro ideal para o dia a dia europeu.
Equipado com um motor transversal de 900 cm³, carburador de bloco único, rendia 47 cv de potência. O mini carro, leve, com cerca de 720kg, era ágil apesar do motor fraco.
Apesar de pequeno, o Fiat 127 era bem espaçoso. O motor transversal libera bastante espaço na cabine, trazendo mais conforto aos passageiros. Além disso, mesmo com apenas 2 portas, o acesso ao interior do carro é fácil, por serem grandes.
O Fiat 127 foi produzido na Europa até 1983.
Aqui no Brasil, ele deu origem ao inesquecível Fiat 147.
No Natal de 1982, Diego Maradona fez um auto-presente: comprou seu primeiro carro de 0km. Era um Fiat 128. O humilde sedã foi rapidamente substituído por Mercedes-Benz, Ferrari e até pela Scania.
Esse 128 foi abandonado em um galinheiro em Salto (Buenos Aires) até ser comprado e restaurado pelo colecionador Martín Varrone. O filho de Varrone, Nicholas,agora corre na Fórmula 3 Britânica. E eles estão planejando uma reunião com o dono original.
O jornalista Pablo Cavallero publicou hoje a história completa dos primeiros 0km de Maradona neste artigo do Infobae.
Por Pablo Cavallero
Foi no ano de 2003 que Martín Varrone, fã do Boca e colecionador de carros (a ponto de então ter uma limusine pertencente a Juan Domingo Perón e um veículo que sabia ser pilotado por Juan Manuel Fangio), um amigo o sacudiu com uma lenda que ele precisava saber se era verdade. “Foi um tempo na minha vida em que me deram para comprar carros antigos e restaurá-los”, diz a semente da história ao Infobae.
A curiosidade o levou a se mudar para Salto, província de Buenos Aires, onde estava localizado o imóvel com o carro em questão. “Eu fui lá, e havia o Fiat 128 cheio de galinhas em um galinheiro.” Eu tenho os papéis”,’ o dono me disse, e me deu um green card antigo”, lembra Varrone.
Se ele pudesse provar isso, Varrone, pai de Nicolás, o piloto argentino que hoje brilha na Fórmula 3 britânica, poderia adicionar à sua coleção uma joia inestimável, além de que ele precisava de amor. Hoje, o carro segue guardado em uma garagem.
Mas vamos em partes. Depois de ver o carro no galinheiro, Martin precisava de certezas. “Fui ao cartório e pedi os dados do número da patente. E o arquivo estava lá. O carro estava no nome de Diego desde que ele comprou 0 km. Os procedimentos haviam sido feitos por Jorge Cyterszpiler, que na época era seu representante. E eu nem hesitei: voltei para Salto, comprei e trouxe para mim”, continua a história.
Era o veículo que Maradona havia comprado em uma data específica: 24 de dezembro de 1982. Sim, que auto-presente de Natal. Diego já havia sido campeão com o Boca no Metropolitano de 1981 e havia sido adquirido pelo Barcelona. Ele vendeu-o em 1984. Claro que, em 2003, depois de uma longa estadia no galpão onde foi encontrado, ele não estava na mesma condição que estava quando transportava a saudosa estrela argentina e sua então namorada Claudia Villafañe em suas visitas a Buenos Aires.
“Eu restaurei tudo original; fizemos de novo. Uma vez fui à casa do Diego na Vila Devoto e me deixaram tirar fotos na porta. Também na Bombonera. Eu tenho ele impecável na garagem da casa do meu pai, em Núñez. Acho que desde que o restauramos, fizemos 200 quilômetros; nem suavizado tem o motor”, descreve seu orgulhoso proprietário, que ao longo dos anos estava vendendo sua coleção, com exceção do 128 que pertenciam a Maradona e “um Ford A”.
O objetivo da família Varrone era que Pelusa pudesse se reunir com seu primeiro amor. chegou a acontecer contatos o impacto da pandemia e a partida tão precoce de Maradona impediu que eles pudessem levar o carro de Diego para sua casa em Bella Vista.