Atlas Cross Sport, novo SUV da VW que chega ao Brasil em 2020

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O Death Valey em julho beira o insuportável, com marcadores de temperatura externa do painel do nosso carro marcando 42ºC de um calor seco. Todos os anos, fabricantes vão até o deserto da Califórnia para um teste em altas temperaturas. Neste momento, relevamos o calor e a secura para ter uma prévia do Volkswagen Atlas Cross Sport em forma de protótipo, um derivado, digamos, mais esportivo do atual Atlas. O modelo é o mais cotado para vir ao Brasil na vaga deixada pelo Touareg, que ficou refinado e caro demais na nova geração, e deve chegar entre 2020 e 2021.

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A familiaridade com o Atlas é imediatamente vista ao tomar o banco do motorista do Cross Sport. O desenho do painel é virtualmente idêntico. O quadro de instrumentos digital, a tela central e, infelizmente, os painéis de portas e painel em plástico vêm do SUV. A única coisa visivelmente diferente é o volante: o do Cross Sport é mais fino, com três raios e aparenta ser melhor construído que o atual. Os botões nele são fáceis de usar.

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O exterior usou o Atlas Cross Sport Concept (fotos de abertura e acima) como inspiração, com detalhes revistos como a linha do teto baixa e o perfil da traseira. Mas, mesmo sob pesada camuflagem, é fácil distinguir as mudanças pro conceito, principalmente a dianteira com entradas de ar mais largas e baixas, grade mais elegante e novos faróis. Os faróis em LEDs de 900 lumens serão exclusivos para o mercado norte-americano.

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Por baixo, ambos os SUVs utilizam a plataforma MQB da Volkswagen com entre-eixos de 2.979 mm. O Cross Sport é 145 mm mais curto que o Atlas, já que ele troca a terceira fileira de bancos por um teto com caimento estilo coupé e mais dinamismo.

As dimensões reduzidas e a suspensão modificada (a engenharia não deu detalhes sobre ela) do Cross Sport o deixam mais ágil. Porém, coisas como a calibração da direção e as respostas do acelerador não mudaram. Se o Atlas sofre com uma suspensão mole demais e um excesso de rolagem de carroceria, o Cross Sport parece ser mais sólido e divertido de guiar no asfalto e fora dele.

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Um trajeto curto de 11 km em estradas de terra nos deu uma amostra do que o sistema 4Motion de tração integral em seu modo Off Road é capaz, assim como seu controle de descida, que limita o carro a 24 km/h em ladeiras mais íngremes. Apesar disso, e competindo com modelos como o Jeep Grand Cherokee, o Cross Sport ainda não é um carro para o árduo deserto de Moab. Mas com o ângulo traseiro melhorado e novo para-choque dianteiro, ele é melhor nisso que a versão tradicional e dá conta de um off-road mais leve.

Disponível com o mesmo motor 2.0 turbo do Atlas ou com o V6 3.6 aspirado, o Sport Cross produz 239 cv e 35,7 kgfm de torque ou, com o V6, 280 cv e 36,8 kgfm de torque. Ambos usam o suave câmbio automático de 8 marchas e podem ter opcionalmente a tração integral.

Nossa avaliação foi com o V6. Como no Atlas, esta força do Cross Sport não é algo que mude o jogo – é algo na média, na verdade. O Atlas tem torque máximo a 2.750 rpm e potência a 6.200 rpm, assim como o Cross Sport. Em ambos, o V6 tem o mesmo torque em baixas rotações que o motor turbo.

No teste de capacidade de reboque (algo extremamente valorizado no mercado americano), sentimos falta de um pouco mais de torque. Com o pacote towing – que adiciona ventoinha de 800 kw (no lugar da de 600 kw), alternador de 180 ampéres (140 ampéres original), melhorias no controle de estabilidade e controle específico para o trailer, além de outros itens – a VW diz que o Cross Sport reboca o mesmo que o Atlas, 2.270 kg. Mas, com um Airtream de 1.587 kg em nosso protótipo, na altitude de 2.700 metros da cidade de Cerro Gordo, o Cross Sport sofreu um pouco para ganhar velocidade. Depois que chegamos, não perdeu força.

Nosso curto tempo com o protótipo do Atlas Cross Sport não foi o suficiente para render um veredicto sobre este crossover de cinco lugares. Mas é obvio que a Volkswagen pretende entrar em um nicho que nem o Tiguan nem o Atlas conseguem (mas que outros fabricantes já fizeram). E com isso em mente, o Atlas Cross Sport faz total sentido. Por enquanto, é um promissor começo.

Fonte: Motor1

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