O Corcel, um sedan médio produzido pela Ford no Brasil de 1968 a 1986, foi um ícone da indústria automobilística brasileira. Sua importância no cenário automotivo nacional foi reconhecida pela revista Autoesporte, que o nomeou Carro do Ano em três ocasiões diferentes, nos anos de 1969, 1973 e 1979.
Em 1977, a Ford apresentou uma versão renovada do Corcel, conhecida como Corcel II. Esse novo modelo trouxe uma carroceria completamente redesenhada, caracterizada por linhas mais retas, modernas e visualmente atraentes.
Os faróis e as lanternas traseiras seguiram a tendência da época, adotando um formato retangular e envolvente. A grade dianteira apresentava um desenho aerodinâmico, com lâminas que controlavam a entrada de ar de acordo com a velocidade do veículo. O Corcel II parecia mais imponente, embora suas dimensões não tivessem aumentado significativamente. A traseira apresentava uma queda suave, lembrando o estilo fastback.
No que diz respeito ao desempenho, o Corcel II continuou a utilizar o motor 1.4 litro do Corcel original, mas com uma potência ligeiramente reduzida. Enquanto o Corcel anterior com o mesmo motor entregava 85 cv e se destacava em sua categoria, o Corcel II oferecia 72 cv (55 cv líquidos) de potência. Essa potência reduzida, combinada com o peso do veículo, resultava em um desempenho mais modesto, com uma aceleração de 0 a 100 km/h em 20,9 segundos e uma velocidade máxima de 135 km/h. No entanto, o Corcel II compensava essa falta de potência com melhorias significativas em segurança, estabilidade e níveis de ruído, proporcionando uma experiência de condução mais refinada em comparação com seu antecessor.
Em 2021, o caçador de raridades automobilísticas, Reginaldo de Campinas, compartilhou em suas redes sociais uma descoberta fascinante: um exemplar único do Ford Corcel II L, fabricado em 1980 e com apenas 4 mil quilômetros rodados.
Este carro, equipado com duas portas e motor 1.6, mantém-se em condições impecáveis, praticamente como se tivesse saído da concessionária há 41 anos. Este é um verdadeiro tesouro para colecionadores, um testemunho vivo da história automotiva do Brasil.
Fontes: Wikipedia e Reginaldo de Campinas