A Volkswagen está implementando mudanças significativas em sua linha de veículos para o ano de 2024. Na semana passada, foi apresentado o novo Passat destinado ao mercado europeu, o qual passará a ser exclusivo em sua versão mais recente. Esta semana, temos o prazer de compartilhar todos os detalhes sobre o novo Tiguan. Contudo, a história do Tiguan vai além das suas novas linhas curvilíneas na terceira geração deste SUV. Isso ocorre porque, assim como o Passat, o Tiguan que você visualizará nas imagens a seguir se destina apenas ao mercado europeu, onde substituirá diretamente o Tiguan de duas fileiras com distância entre eixos padrão na Europa.
É importante destacar que este modelo não estará disponível nos Estados Unidos, onde somente a versão mais longa do Tiguan era comercializada, oferecendo a opção de três fileiras de assentos. Na Europa, essa variante era conhecida como Tiguan Allspace de sete lugares. Em vez disso, os consumidores da América do Norte terão acesso a um SUV ligeiramente maior e completamente diferente, baseado na próxima geração do VW Tayron do mercado chinês. Aqueles na Europa que ainda desejarem uma terceira fileira de assentos também terão essa opção.
Agora que esses aspectos estão claros, vamos examinar mais de perto o novo Tiguan. Já mencionamos as novas curvas que conferem ao veículo uma aparência mais sofisticada e orgânica, além de uma postura mais robusta que o aproxima do seu irmão maior, o Touareg, graças aos para-lamas traseiros alargados e uma linha de cintura mais elegante. No entanto, em termos de tamanho, o novo Tiguan não se aproxima muito do seu irmão maior.
O Tiguan de nova geração adota a moderna plataforma MQB Evo da Volkswagen, a mesma utilizada pelo Golf, Passat e Audi A3. A distância entre eixos de 2.681 mm (105,5 polegadas) permanece praticamente a mesma, mas a Volkswagen promete pelo menos um pequeno aumento de espaço para as pernas na parte traseira, acrescentando 10 mm (0,4 polegadas), e o porta-malas cresceu para 648 litros (22,9 pés cúbicos), um aumento de 33 litros (1,2 pés cúbicos).
O novo design inclui uma barra de luz que percorre toda a parte traseira do veículo, bem como outra na dianteira, que cria uma grade frontal estreitada com o logotipo da VW incorporado, de forma semelhante ao Golf Mk8. A grade inferior apresenta três barras horizontais cromadas nos modelos Tiguan convencionais, enquanto os modelos esportivos R-Line recebem uma malha com padrão de diamante, uma grade frontal ainda mais angulosa e detalhes em preto, como pode ser observado no modelo vermelho.
O interior passou por uma transformação igualmente significativa. O layout do painel de instrumentos do modelo anterior, lançado no início de 2010, com seu sistema de infotainment centralizado no console, era lógico e intuitivo. No entanto, ele começou a parecer antiquado, levando a Volkswagen a adotar um novo painel com uma ampla tela sensível ao toque, semelhante a um tablet. Esta tela inclui barras de menu configuráveis na parte superior e inferior para compensar a falta de botões físicos.
Esse mesmo conjunto já foi introduzido no novo Passat e no modelo elétrico ID.7. Assim como nesses veículos, o Tiguan também possui botões físicos (em vez de sensíveis ao toque) no volante, controles deslizantes de temperatura retroiluminados e uma alavanca de câmbio no lado direito, liberando espaço no console para acomodar telefones, carteiras e o novo e elegante controlador giratório, que possui uma tela embutida para o sistema de mídia.
No entanto, a verdadeira estrela do interior é a nova tela sensível ao toque. Sob o capô, a grande novidade é a disponibilidade da tecnologia PHEV (Veículo Elétrico Híbrido Plug-in). Esta opção oferece uma impressionante autonomia elétrica de até 100 km, graças a uma bateria que teve seu tamanho quase dobrado, agora com 19,7 kWh de capacidade. Felizmente, o tempo de recarga também foi reduzido, passando de 26 kW para 11 kW para recargas de corrente alternada, além de ser possível realizar carregamentos de corrente contínua (CC) pela primeira vez. Vale mencionar que o carregamento rápido, com uma potência máxima de 50 kW, significa que é possível carregar de 10% a 80% em apenas 25 minutos, um desempenho comparável a alguns veículos elétricos com cinco vezes mais alcance.
No que diz respeito às opções de motorização, existem dois modelos PHEV. Ambos são equipados com um DCT (Dual Clutch Transmission) de oito velocidades, que transmitem a potência para as rodas dianteiras. Eles são alimentados por uma combinação de motores a gasolina de quatro cilindros turboalimentados de 1,5 litro e motores elétricos com 114 hp (85 kW / 115 PS). No entanto, graças a diferentes configurações do motor a combustão, um deles oferece uma potência total do sistema de 201 hp (204 PS), enquanto o outro impressiona com uma potência combinada de 268 hp (272 PS).
Para aqueles que não necessitam de uma grande autonomia elétrica, há também opções de motores a diesel de 2.0 litros e motores a gasolina de 1.5 litros, que são híbridos suaves. Esses motores eTSi apresentam turbocompressores de geometria variável, desativação de cilindros e um sistema de assistência de 48 volts com 15 kW (20 hp / 20 PS). Isso proporciona potências totais de 129 hp (130 PS) e 148 hp (150 PS), e, assim como os PHEVs, a potência é transmitida às rodas dianteiras por meio de transmissões de dupla embreagem de sete velocidades.
A Volkswagen anunciou aprimoramentos no hardware 4Motion dos seus veículos com tração nas quatro rodas (AWD), visando reduzir as vibrações. Tanto o Tiguan de tração dianteira (FWD) quanto o de tração nas quatro rodas (AWD) agora oferecem a opção de uma versão atualizada do sistema de amortecedores adaptativos DCC Pro, que já foi introduzido no Passat. Este sistema utiliza amortecedores de duas válvulas para proporcionar um equilíbrio superior entre conforto e controle. Os condutores podem ajustar a faixa de operação desses amortecedores usando o seletor de modo de condução do Vehicle Dynamics Manager, localizado no painel, um recurso que já é familiar para aqueles que dirigiram o Golf.
O Tiguan estará disponível para compra no início do próximo ano na Europa, e a expectativa é que o preço base seja em torno de £32.000 / €35.000 (~$37.000). No entanto, pode ser necessário aguardar até perto da data de lançamento para obter informações sobre o substituto do Tiguan atual na América do Norte. A pergunta que fica é: você consideraria comprar o novo Tiguan europeu em vez de um Toyota RAV4 ou Honda CR-V?
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