A vida de construtores de réplicas alternativas no Brasil não está fácil. Depois de um pastor ver a patente de seu Lamborghini ser negada, agora um construtor teve sua “Ferrari F40” apreendida pela polícia e ainda terá que responder um delicado processo.
O dentista Vitor Estevan afirmou que começou a construir o modelo há pouco mais de um ano. O protótipo foi feito misturando componentes de diversos carros — o volante, do lado direito, e a manopla do câmbio automático vieram da Toyota.
Estevan declarou que fez o modelo por paixão, mas o colocou à venda, ainda inacabado, após ter sofrido um furto em seu consultório dentário.
O anúncio pedia R$ 80.000 pelo veículo e chamou a atenção da Ferrari. A empresa vem apertando o cerco contra pessoas que fazem cópias ou modificações profundas em seus modelos.
No caso da F40 de Estevan, a fabricante formalizou uma denúncia à Polícia Civil, que apreendeu o carro na última terça (22).
O veículo passará por uma vistoria para verificar se houve cópia da F40. Se confirmado, o protótipo pode ser destruído e Estevan responderá por infringir a lei de patentes.
Não é a primeira vez que a Ferrari se envolve na justiça por conta de problemas com sua marca.
A empresa já entrou em litígio até com cliente que fizeram modificações severas no carro, como um empresário que transformou uma 360 Modena em uma limusine. Já o DJ Deadmau5 também teve que abrir mão de sua 458 Italia pintada com o tema do Nyan Cat.
No caso da “F40” brasileira, o que chamou a atenção da empresa foi a tentativa de Estevan lucrar com o veículo. O dentista, porém, afirma que tirou o anúncio do ar após vender sua clínica.
Única
Entre as Ferrari mais rápidas de cada época a F40 foi a que teve mais unidades fabricadas: 1.388 delas foram feitas, número superior à 288 GTO, F50, Enzo e LaFerrari.
Destas, só houve o registro de uma no Brasil, importada pela Fiat em 1992.
Fonte: Quatro Rodas